São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 1996![]() |
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IRA exigiria novo rosto a Hosmany Ex-terrorista diz que condenado é alvo IGOR GIELOW
A opinião é de Robert McClenaghan, 38, um ex-terrorista do grupo que hoje mora em Belfast (Irlanda do Norte) e trabalha com ex-prisioneiros do IRA. "Tecnicamente, é até possível que ele possa entrar. Porém, depois de aparecer na TV e jornais dizendo que ia entrar no IRA, ele virou um alvo muito fácil. Só com cirurgia plástica", disse. O ex-terrorista, que falou com a Folha por telefone, disse que não conheceu nenhum estrangeiro militando no IRA. McClenaghan, preso em 76 por explodir bombas em Belfast e Londonderry, foi solto em 88. Segundo o "Livro Verde", um compêndio que ensina padrões de comportamento para os "voluntários" (membros do IRA), não há discriminação na organização. Porém, o membro precisa ter afinidade comprovada com o movimento que quer a união da Irlanda do Norte com a República da Irlanda e fim do domínio britânico. "Havia, na década de 70, intercâmbio de informações com outros grupos. Isso agora não existe. Não adianta esse brasileiro chegar e se alistar, não funciona assim." História O IRA existe desde a década de 20, tendo participado ativamente na independência da República da Irlanda. Desde 1969, os conflitos entre o grupo, governo britânico e grupos favoráveis à união com o Reino Unido já mataram 3.200 pessoas -70% civis. Nos anos 70, a Organização para a Libertação da Palestina, então um grupo terrorista, manteve contato estreito com os norte-irlandeses. O coronel Gadafi, líder da Líbia, chegou a ter carregamento de armas enviados ao IRA interceptados pelo governo britânico. "Para entrar no IRA você precisa fazer juramentos de silêncio e estar engajado na causa republicana", afirmou McClenaghan. Texto Anterior: Cinco homens são assassinados a tiros em favela no Guarujá Próximo Texto: Mensagem na Internet sobre LSD em tatuagem assusta pais Índice |
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