São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 1996
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Empresa tem até 6ª para recuar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo deu prazo até a próxima sexta-feira para as empresas de planos de saúde reverem os índices de aumentos nas mensalidades, considerados abusivos.
Se as empresas não recuarem, o governo quer dar andamento às 289 denúncias contra as empresas e começar a aplicar multas por aumento abusivo -quando a evolução de custos é menor do que o reajuste aplicado.
O presidente da Unimed, Edmundo Castilho, disse ontem que a cooperativa vai voltar a analisar os seus custos. "Vamos fazer o máximo para reduzir o índice", afirmou, após reunião no Ministério da Justiça.
"O governo espera que haja uma acomodação nos preços. Mas, mesmo se as empresas prometerem reduzir os preços, não vamos diminuir a vigilância", disse o diretor do Departamento de Proteção e Defesa Econômica da SDE, Edson Machado.
Ontem, técnicos da SDE (Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça) se reuniram com representantes dos planos de saúde e da AMB (Associação Médica Brasileira), responsável pelo reajuste nas tabelas de honorários.
A Folha apurou que para a SDE os honorários não são os motivos do reajuste, pois a tabela de honorários seria apenas referencial. Assim, os planos pagariam menos que o recomendado pela AMB.
Greve
Os médicos do Rio ameaçam pedir descredenciamento dos planos de saúde ou entrar em greve, se as empresas privadas do setor não pagarem R$ 39 pelas consultas feitas a partir de 1º de maio.
"No Rio, posso garantir que não existe nenhum médico recebendo R$ 39 por consulta. As empresas não pagavam nem R$ 20, que era o valor do mês de abril", disse o presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos, Abdu Kexfe.
As negociações entre médicos e empresas ainda estão começando.
Como a Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) ainda não se pronunciou sobre o novo preço. Segunda-feira, médicos e empresas se reúnem, na Somerj (Sociedade Médica do Rio de Janeiro), para discutir o aumento.
Colaborou a Sucursal do Rio

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