São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 1996
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Palestras?

JUCA KFOURI

Não, não é um oferecimento de cursos ou seminários. É mesmo uma pergunta que traduz a maior possibilidade para a decisão da Copa do Brasil, entre o Palestra de São Paulo e o de Minas. A maior.
É claro que o Flamengo tem time para ganhar do Cruzeiro no Mineirão, e é óbvio que o Grêmio pode reverter no Olímpico a bela vantagem que o Palmeiras obteve em casa.
O Flamengo terá a volta de Mancuso, que fez muita falta no Maracanã, e não é time de se intimidar, além de ter Sávio e Romário.
Seu problema será o de enfrentar um Cruzeiro que também não se intimidou no Maracanã e, ao contrário, jogou melhor que o rubro-negro. No Mineirão certamente lotado e podendo empatar 0 a 0, o Cruzeiro é favorito.
Tem um time harmonioso e um ataque insinuante que pintou e bordou.
Como mineiro não é de se iludir com favoritismos, e carioca adora fazer festa em qualquer lugar, o jogo do Mineirão promete demais.
Não será diferente no Olímpico, embora a missão do Grêmio seja mais difícil que a do Flamengo, a do Cruzeiro e, é claro, a do Palmeiras.
Primeiro porque depois de jogar sem Roger e Adílson -e perder de 3 a 1 porque não teve marcado um claro pênalti de Sandro em Aílton-, atuará sem Dinho e Goiano na revanche.
Já o Palmeiras só não terá Cléber e certamente encontrará em Porto Alegre o espaço que o Grêmio quase não lhe deu em São Paulo.
Quem apostou que Muller et caterva encontrariam seu adversário mais difícil no bravo tricolor, acertou -segundo reconheceu o próprio técnico Wanderley Luxemburgo.
Foi fundamentalmente por causa do talento individual de Muller, Djalminha e Rivaldo que a vitória foi possível.
Você poderá dizer que o jogo mais difícil do Palmeiras em 1996 foi contra o Guarani, único que perdeu. Mas, por absurdo que pareça, aquilo foi fruto do acaso, ao passo que o Grêmio só não se impôs porque, de fato, encontrou um time superior.
Mas que os confiantes paulistas não imaginem que os gaúchos estejam mortos.
Eles não acreditam em morte enquanto peleiam.
*
É hoje, ao meio-dia, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, o lançamento do livro "A Violência no Esporte". Até Eduardo Farah diz que vai, e o coro do Grêmio 11 de Agosto já está ensaiado.

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