São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 1996
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Vinhos premiados em salão já são encontrados na cidade

JORGE CARRARA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Quem visitou o 2º Salão Internacional do Vinho e Destilados de São Paulo -realizado entre 13 a 16 de maio no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera- teve a oportunidade de encontrar boas novidades.
A Alemanha serviu nos seus estandes bons brancos e espumantes tentando mostrar no Brasil (hoje, no embalo das populares garrafas azuis, o 5º maior importador de vinhos germânicos do mundo) que existem também por lá goles de qualidade.
Portugal ocupou também um lugar importante tanto pelo número de expositores como pelo nível dos vinhos, que não param de progredir. Os estandes lusitanos mostraram tintos de mesa modelados com capricho tanto no Douro (como os belos Calços do Tanha 94 e Quinta da Gaivosa 94), na Bairrada (Quinta da Dona 91, intenso e concentrado) ou no Alentejo -Tapada dos Coelheiros 92, tinto de uvas nativas e Cabernet Sauvignon.
Foram descortinados também os produtos de várias vinícolas (Four Winds, Mildara Blass e Miranda) australianas que estrearam em grande forma. O concurso "Excelência do Vinho" premiou os dois representantes australianos (Mirrool Creek, um tinto Shiraz-Cabernet, com medalha de prata, e Yellowglen, um espumante com medalha de bronze).
No total 35 vinhos foram premiados no concurso - 18 com medalhas de prata (avaliados entre 86/100 a 91/100) e 17 de bronze (79/100 a 85/100). Alguns deles já estão disponíveis por aqui (veja quadro acima).
Os produtores gaúchos, em geral ausentes (a exceção da Chandon) dos eventos de São Paulo, levaram para casa cinco medalhas de bronze (De Lantier Cabernet Sauvignon 91, Amadeus Cabernet Sauvignon 95, Boscato Chardonnay 95, Valduga Gewrztraminer 95 e Marson Riesling 95).
A premiação talvez sirva como estímulo para que as vinícolas nacionais aprimorem o marketing dos seus produtos que hoje, infelizmente, são difíceis de achar em São Paulo, um dos mais importantes mercados do país.

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