São Paulo, domingo, 2 de junho de 1996
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USP estuda parede alternativa

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos principais projetos em desenvolvimento pela Escola Politécnica da USP é a produção de painéis feitos com fibra de coco e escória ativada com gesso.
O produto é mais barato que a parede de alvenaria tradicional, cujo custo varia de R$ 12 a R$ 20. "Podemos reduzir para até R$ 5, dependendo do volume de produção", garante Vahan Algopyan, professor que participa do projeto.
Escória é um subproduto da indústria siderúrgica, originário da produção de ferro-gusa. Trata-se de um aglomerante tão bom quanto o cimento, mas que precisa ser ativado (no caso, pelo gesso).
Uma casa-protótipo foi construída com o material há três anos, na Vila Carmosina (zona leste de São Paulo). A casa é habitada por uma família, para testar as reais condições de uso.
Resultados
Segundo Cláudio Sbrighi, 50, pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que trabalha em parceria com a Escola Politécnica da USP, a avaliação pós-ocupação revela que o produto é adequado ao uso prático.
"É ideal para casas populares, principalmente em regiões onde há indústria siderúrgica, o que elimina os custos com transporte."
Cada tonelada de ferro-gusa origina de 30% a 50% de escória, cuja tonelada é vendida pela indústria siderúrgica por de R$ 4 a R$ 12.
A USP fez um contrato de transferência dessa tecnologia para a Prefeitura de Santos (SP).

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