São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996 |
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Para PFL, FHC federaliza disputa em SP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL A disputa pela Prefeitura de São Paulo está a um passo de se transformar em plebiscito sobre o governo Fernando Henrique Cardoso e de criar mais um complicador para a aliança PSDB-PFL.O presidente do PFL paulista, Antônio Cabrera, disse que FHC envolveu diretamente o governo federal na disputa quando resolveu manifestar abertamente seu apoio a José Serra. Na tarde de sábado, FHC e Serra passearam pelos jardins do Palácio da Alvorada. O presidente comentou que não se sentia constrangido com o gesto, registrado por fotógrafos e câmeras de televisão. "É claro que eu quero que o Serra ganhe a eleição", disse. Impedimento O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, disse ontem que não há impedimento legal ao apoio dado por FHC a Serra. "Não podemos emudecer o presidente da República." A participação de autoridades nos palanques da eleição está proibida por decisão do TSE. A resolução, aprovada há pouco mais de um mês, não se aplicaria ao passeio de FHC e Serra nos jardins do Alvorada, segundo Mello. "Isso não significa uso da máquina pública nem abuso de autoridade", disse. O desdobramento político do passeio é mais grave, na avaliação do PFL, que temia antecipadamente a participação de FHC na disputa municipal. Como os partidos que elegeram o presidente não conseguiram reproduzir a aliança nos municípios, a entrada em cena de FHC pode levar sua base política à implosão. Apesar de ter selado um acordo com o PPB para a sucessão de Paulo Maluf, Cabrera disse que o PFL quer evitar qualquer tipo de confronto com FHC nos palanques. "O presidente tem o direito de manifestar sua preferência, mas ele deve avaliar muito bem seu comportamento: nós não gostaríamos que a disputa municipal fosse federalizada", insistiu. Futebol O virtual candidato José Serra foi ontem ao Parque Antarctica assistir a Palmeiras e Santos. Afirmou que seu candidato a vice-prefeito deve ser do PSDB, mas que o nome continua indefinido. Os tucanos querem fazer uma chapa que chamam de "puro sangue". Serra chegou ao estádio no exato momento em que o Palmeiras fazia o primeiro gol. Ele estava com a mulher, Mônica. Assistiu ao primeiro tempo da tribuna especial. No intervalo do jogo, ele visitou as cabines de rádio, dando entrevistas como candidato. Na cabine da rádio Globo, cumprimentou Osmar Santos. Uma pessoa perguntou a Santos se ele apoiava Serra. Ele respondeu que sim. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: PDT Rossi prefere enfrentar Erundina Próximo Texto: Candidato a vice de Pitta sai hoje Índice |
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