São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996
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Governo deve perder maioria parlamentar

País pode ter novo pleito em 97

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O resultado da eleição parlamentar na República Tcheca indicava que o último governo de centro-direita do Leste Europeu quase não tinha chance de ter maioria após quatro anos de estabilidade.
O presidente Vaclav Havel convocou os principais líderes partidários para negociações em seu escritório hoje para tentar negociar uma saída para o governo tcheco.
Os resultados oficiais indicavam que o Partido Democrático Cívico, do premiê Vaclav Klaus, tinha conseguido 29,61% dos votos, ficando em primeiro lugar.
Os social-democratas conseguiram 26,44%, nas eleições ocorridas na sexta-feira e no sábado.
Segundo uma projeção da TV tcheca, a coalizão de três partidos que sustenta Klaus deve conseguir 99 cadeiras de um total de 200. A coalizão tem hoje 112 deputados.
Analistas políticos disseram que a República Tcheca, tida como o país ex-comunista com maior estabilidade política, deve ter de promover novas eleições em 1997.
A Comissão Eleitoral Central deve anunciar hoje a formação final do Parlamento, depois que os votos dados a partidos que não conseguiram um mínimo de 5% forem distribuídos aos outros.
O presidente Havel assumiu logo a responsabilidade de tentar resolver a situação. Ele se encontrou ontem com Klaus por uma hora.
Havel deve se reunir hoje novamente com o primeiro-ministro e com o presidente do Partido Social Democrata, Milos Zeman.
O presidente parece ter agora duas opções: indicar a centro-direita para formar um governo de minoria ou colocar um governo tecnocrata e convocar novas eleições para o ano que vem.
A vice-líder do Partido Social Democrata, Petra Buzkova, disse que o partido "estaria inclinado a criar condições" para apoiar um governo de minoria da direita.
Analistas tchecos discordavam ontem sobre a possibilidade de Klaus governar com uma minoria.
Alguns diziam que o Partido Social Democrata apoiaria a coalizão, mas exigiria a saída de Klaus.

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