São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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Vingança tucana; Noivado à vista; Saudade do MDB; Tripudiando; Plano Real 2; Aval interno; Encurralado; Bateu na trave; Cofre gordo; Jogo novo; Ofensiva malufista; Juntando munição; Aposta alta; O homem da dívida; Capital fujão; Visitas à Folha

Vingança tucana
Derrotando Quércia na escolha do candidato do PMDB em São Paulo, o Planalto aparou as arestas para ter a adesão do partido à reeleição. FHC prepara, assim, uma nova aliança em 98.

Noivado à vista
O PFL sai perdendo com a possibilidade de adesão do PMDB ao projeto de reeleição de FHC. Como os pefelistas ameaçaram um namoro com Maluf, o Planalto apressou a hipótese de ter uma nova noiva na eleição de 98.

Saudade do MDB
Um cacique peemedebista acha que dá para diminuir o espaço do PFL em uma nova aliança em torno de FHC em 98. "Com a reaglutinação de PMDB e PSDB, o presidente pode ser levado para a centro-esquerda."

Tripudiando
Há tucanos tão entusiasmados com a derrota de Quércia no PMDB paulistano que já falam em esperar um pouco para definir o vice de Serra. Sonham com o nome de um peemedebista.

Plano Real 2
FHC será pressionado pelo PSDB a dar uma aliviada na economia no segundo semestre, baixando juros e combatendo o desemprego. Tucanos brincam que Gustavo Franco, do BC, ajudará a eleger Serra, seu desafeto.

Aval interno
A intervenção do Planalto na convenção do PMDB paulistano teve um ator oculto: Sarney, que foi informado passo a passo por Luiz Carlos Santos de todas as operações anti-Quércia.

Encurralado
Sob ameaça de intervenção federal, Covas negocia o pagamento da dívida de R$ 5 bi do Estado com credores privados. O acerto sai em dez dias, prometeu Covas ao presidente da OAB paulista, Guido Andrade.

Bateu na trave
Por um erro, quase que Luís Eduardo Magalhães instalou hoje comissão para tratar da reeleição. A assessoria da presidência da Câmara confundiu projetos e deu um susto nos governistas.

Cofre gordo
As campanhas serão caras. As agências avisam que os filmes eleitorais precisam ter a mesma qualidade dos comerciais do horário nobre da TV. A forma será de Hollywood. Já o conteúdo...

Jogo novo
A separação do horário eleitoral em um programa de TV e em vários anúncios curtos está provocando uma mudança no eixo de poder das campanhas. Começam a surgir consórcios e divisão do bolo entre publicitários.

Ofensiva malufista
O publicitário Duda Mendonça leva a Maluf e Celso Pitta hoje, às 17h, seu plano para a campanha paulistana. Guarda a sete chaves o slogan, que será aprovado no encontro dos três.

Juntando munição
Arnaldo Madeira, provável vice de Serra na eleição paulistana, está atualizando seus dados sobre a capital, especialmente os de orçamento. Os tucanos dizem que o deputado tem os números de São Paulo na cabeça.

Aposta alta
A meta de Duda Mendonça é fazer Pitta chegar a 17% nas pesquisas até o início do horário na TV, em setembro. "Se isso ocorrer, atravesso todo mundo."

O homem da dívida
O PT atacará a candidatura de Celso Pitta (PPB) associando o aumento da dívida da Prefeitura de São Paulo à gestão do ex-secretário de Finanças de Maluf.

Capital fujão
Francisco Rossi (PDT) sentiu no bolso a candidatura Serra. Muitos empresários que haviam se comprometido a colaborar voaram para o tucano.

Visitas à Folha
O governador do Distrito Federal, Cristóvam Buarque (PT), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de seu secretário de Governo, Swedenberger Barbosa, do secretário-geral do PT, Cândido Vaccarezza, e do empresário Jorge Luís.
O presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gesner Oliveira, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO
Do vereador Marcos Cintra (PL), candidato a vice de Francisco Rossi (PDT), sobre Maluf:
- O prefeito agravou os problemas sociais da periferia de São Paulo. A população está abandonada. Não adianta agora tentar aparecer com a imagem de preocupação com o social.

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