São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996 |
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Governo marca novo leilão da Ceagesp
ANTONIO CARLOS SEIDL
A informação consta do novo edital de privatização, que está sendo publicado hoje pela a Secretaria de Planejamento do Estado. O primeiro leilão, no dia 15 do mês passado, fracassou devido à falta de interessados. O governo estadual vai receber menos pela Ceagesp por causa do adiamento da privatização da empresa. O novo edital mantém o preço mínimo de R$ 250 milhões, dividido em duas partes: o valor que efetivamente será pago ao governo paulista e o valor da dívida da Ceagesp junto ao Banespa, que era de R$ 185 milhões há um mês. O governo de São Paulo esperava receber R$ 65 milhões no leilão fracassado. Agora, a Ceagesp deve render cerca de R$ 60 milhões para os cofres estaduais, segundo cálculos da Secretaria de Planejamento. Falando à Folha, ontem, de Milão (Itália), onde está divulgando a empresários locais o programa de desestatização do governo Mário Covas, André Franco Montoro Filho, secretário estadual de Planejamento, disse que o Estado vai receber menos, e o Banespa mais por causa da demora da privatização. Dívida "O preço mínimo é o mesmo, mas nossa parte será menor, já que os juros dos últimos 30 dias aumentaram o montante que a empresa deve ao Banespa", afirmou. "Desta vez vai, porque temos informações firmes de que, além do consórcio dos funcionários, há outros grupos verdadeiramente interessados", disse. O Banco Pactual e os permissionários da Ceagesp acertam hoje os detalhes finais da formação de um consórcio para disputar o novo leilão da empresa. A idéia é criar uma nova empresa, a Ivar (Investimento em Armazéns), na qual o Pactual terá 66% do capital e os funcionários da Ceagesp 33%. A nova empresa tem como objetivo comprar a Ceagesp e depois revender os pontos de venda para os permissionários (comerciantes que têm licença para operar os boxes de frutas, legumes, folhagens e flores). No entreposto de São Paulo, onde atuam 3.300 permissionários, o valor total da operação será de R$ 170 milhões, com financiamento em cinco anos. O Banco Pactual fará os financiamentos aos permissionários com recursos externos. A taxa de juros será de 20% anuais, e os financiamentos serão corrigidos pela variação da taxa de câmbio. Texto Anterior: BC vende bens do Econômico Próximo Texto: BC permitiu operações ilegais, diz defesa Índice |
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