São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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Laudo acusa Banco Central e Delfim Netto

DA SUCURSAL DO RIO

Mais de 13 anos depois da quebra do grupo Coroa-Brastel, Assis Paim Cunha, ex-dirigente da holding, apresentou ontem na 13ª Vara Federal, no Rio, laudo pericial corroborando a tese que defende desde o início do caso: a de que não é o único responsável pelo escândalo financeiro que tragou suas empresas.
Segundo o documento, assinado pelo perito Cláudio De Villemor Salgado, datado de 11 de março, também ajudaram a afundar o grupo -com práticas que constituem "indícios de crimes falimentares"- o Banco Central, os então ministros Delfim Netto e Ernane Galvêas e os sócios de Assis, Ruy Paim Cunha e Abram Zylbersztajn.
Os ministros e o ex-presidente do BC Carlos Langoni foram inocentados no Supremo Tribunal Federal. Assis também foi absolvido das mesmas acusações, mas, como responde a outras, o processo foi remetido à 13ª Vara.
"Já paguei 85% do que devia", disse na Justiça o ex-dirigente do grupo, que, em outros processos, já cumpriu seis anos de prisão.
O laudo é parte de um processo que corre na 6ª Vara de Falências e Concordatas, que investigou o grupo de 1978 a 1983 -ano em que sofreu a intervenção do BC. Um dos argumentos de Assis em sua defesa era que o inquérito do BC que gerou o processo no STF só investigou o grupo em 1982/83.
No início de 1981, a Coroa-Brastel absorveu a Laureano porque mais de 92% do dinheiro que tinha a receber estava com a corretora.

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