São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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Edson Cordeiro opta pelo som camerístico em seu novo CD

MARISA ADÁN GIL
DA REPORTAGEM LOCAL

Edson Cordeiro, 29, baixou a voz. Em seu novo disco, "Terceiro Sinal", é acompanhado por um pequeno grupo de câmara.
Timbres de piano, acordeão, clarinete, clarone, viola e percussão compõem o som escolhido pelo cantor para seu terceiro álbum.
"Estou me sentindo mais suave", diz Cordeiro. Pela primeira vez em sua carreira, foi a escolha dos instrumentos que ditou o repertório. "Queria um som só, mais camerístico".
Isso não impediu que cantasse um samba-enredo com viola, piano e clarinete. "Fazer o samba passear pela música de câmara foi um desafio."
O grito foi trocado pelo sussurro. "Estou cantando mais perto do ouvido", diz. "Eu precisava ter amadurecimento para fazer isso."
Adoniran Barbosa, José Miguel Wisnik, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jackson do Pandeiro estão entre os autores selecionados. Não há nenhuma música em inglês. "É o meu trabalho mais brasileiro."
"Escolhi músicas que Wisnik tinha feito para o teatro. 'Primavera/Verão' estava em 'Mistérios Gozosos', do José Celso."
Apitos e garrafas foram usados no arranjo da sertaneja "Saudade da Minha Terra", para a qual ele tem explicação sentimental: seu pai costumava cantar para ele.
Sutilezas à parte, o cantor não deixou a ópera de lado. No disco, há duas árias de Handel, nas quais é acompanhado pela Orquestra Barroca de Campinas.
Disco: "Terceiro Sinal"
Artista: Edson Cordeiro
Lançamento: Sony
Preços: R$ 20 (o CD, em média)

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