São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996
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CMN facilita empréstimo para empresas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem duas medidas que devem reduzir os custos dos financiamentos para empresas no mercado interno.
As empresas privadas foram autorizadas a negociar seus títulos ("commercial papers") para captar recursos no mercado interno.
Os títulos devem ter prazo mínimo de 30 dias e máximo de 180, disse o diretor de Normas do Banco Central, Alkimar Moura. Isso deve reduzir o custo desses empréstimos.
Outra medida permite que as empresas negociem com bancos créditos a vencer -notas promissórias, por exemplo.
O banco lança um título para captar recursos e os repassa para a empresa. O custo deve ficar abaixo daquele cobrado hoje nos empréstimos bancários. Esse tipo de empréstimo estava suspenso desde abril do ano passado.
Na época, o volume desses financiamentos estava acumulado em R$ 1,11 bilhão (janeiro a abril).
Fundos de pensão
Outra medida aprovada pelo CMN vai aumentar o volume empréstimos pessoais dos fundos de pensão para seus participantes.
Os fundos poderão aumentar de R$ 1,06 bilhão para R$ 3,24 bilhões o total emprestado. Para isso, foi elevado de 3,5% para 7% das reservas técnicas o total de recursos que podem ser emprestados com esse fim.
O CMN aprovou ainda um cronograma para que os bancos reduzam seus investimentos em imóveis. Em um primeiro momento, será unificado em 90% do patrimônio líquido.
Deve cair para 80% a partir de 30 de junho de 1998, para 70% a partir de 30 de junho de 2000 e para 60% a partir de 30 de junho de 2002.
Os investimentos em imóveis podem chegar hoje a 60% e 90% do patrimônio líquido -varia de acordo com o tipo de instituição financeira. O voto que fixou o cronograma também unificou o percentual em 90%.
Ele disse que está ainda em estudo a proposta do BC de facilitar o acesso dos bancos ao redesconto. Segundo Moura, o voto ainda não foi concluído.
Também foi aprovada autorização para que o Deustch-Sudamerikanische Bank, da Alemanha, compre 100% das ações do Banco do Grande Rio, em liquidação desde janeiro de 1991.

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