São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996
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Beschen de novo

CARLOS SARLI

A primeira versão do Quiksilver Pro, em G-land, Indonésia, ano passado, era esperada como o acontecimento do ano no surfe. Superou todas as expectativas. Quebrou recordes, teve baterias memoráveis, os tubos mais profundos e, no final, o consenso: o melhor campeonato do século ou de todos os tempos, o que dá no mesmo.
O que esperar da segunda edição? Falar que G-land, neste ano, esteve melhor pode ser exagero, mas é o que tudo indica.
Ainda no quarto round o número de notas dez já havia superado o recorde estabelecido, lá mesmo, em 95: 12 notas máximas registradas, contra nove em todo evento de 95.
Ano passado, a ondulação ficou entre 6 e 10 pés. Neste ano as ondas chegaram aos 11 pés, algo em torno de 3,5 m. Nessas condições, no quarto round, Peterson Rosa, da equipe Town & Country, desbancou o atual vice-campeão mundial Rob Machado. Ele foi o melhor brasileiro no evento (5º) e é o melhor no ranking (8º).
Contrariando as expectativas, as tubulares e rápidas esquerdas de Gradjagan foram dominadas pelos back-sides.
Nas semifinais, os três primeiros no ranking continuavam vivos na disputa. Kelly Slater, campeão mundial e do evento no ano passado, pegou Gary Elkerton, que voltou a assumir o apelido "Kong". A cada bateria vencida saía da água gritando: "Kong is back". Nada mais apropriado, já que Gradjagan é no meio da selva. Funcionou, foi para a final. Beschen, líder, e Sunny, vice no ranking, fizeram a outra semi, que valia o topo da lista. Beschen levou.
Na final, com ondas de seis pés, Kong levou a pior. O californiano Shane Beschen, 24, ratificou a boa fase e venceu o segundo evento consecutivo no WCT. Abriu mais de 400 pontos sobre Sunny (2º no ranking) e ganhou moral para sua caminhada rumo ao título.
Dá para esperar mais no ano que vem?

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