São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996 |
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Olodum! coreografa a tragédia social das ruas
ANA FRANCISCA PONZIO
Ex-bailarino solista do Ballet de Monte Carlo, Zebrinha formou-se em dança clássica e moderna na Suécia. Trabalhou nas televisões francesa e alemã e, em Nova York, estudou na Alvin Ailey School. Atual diretor do Balé Folclórico da Bahia, Zebrinha também vem trabalhando com o Dança Olodum!, dirigido por Marcio Meirelles. Dias 14 e 15 no Teatro Municipal do Rio e dias 17 e 18 de junho no Teatro Sérgio Cardoso de São Paulo, Zebrinha mostra a fusão de expressões de sua dança no Carlton Dance, através do Dança Olodum!. Logo em seguida, o grupo segue para Londres, onde apresenta o mesmo espetáculo no London International Festival of Theatre. Passos de dança do carnaval, do candomblé e da capoeira integram a coreografia de "Xirê", que procura estabelecer uma fusão de elementos da cultura afro-baiana. O tema do espetáculo são os oito meninos de rua assassinados na Candelária (Rio). "Através deles, representamos todos os garotos de rua do Brasil, pois é absolutamente necessário falar deste assunto neste momento, para que o público pense a respeito", diz Meirelles, idealizador de "Xirê". "Mas, apesar da tragédia, criamos um espetáculo que também transmite prazer ao público. Através da beleza manifestada pelo candomblé, desenvolvemos uma grande oração a cada um dos orixás, aos quais pedimos para acabar com a guerra cotidiana das ruas." Com música de Caetano Veloso e Carlinhos Brown, "Xirê" é interpretado por 19 artistas, entre atores, bailarinos e músicos. Texto Anterior: American Ballet chega em agosto Índice |
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