São Paulo, sábado, 8 de junho de 1996 |
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Welles desafia 'O Processo'
INÁCIO ARAUJO
A visão do cineasta para o romance de Kafka é tão pessoal que não serve o texto do escritor tcheco. Antes, serve-se dele para fazer Orson Welles. A questão é saber se de fato não existe, entre o escritor e o cinema, uma contradição insuperável. Kafka dizia que, justamente por sentir as imagens de forma muito intensa, o cinema lhe parecia uma arte desinteressante. Fez uma literatura tão imagética que fica difícil criar imagens à sua altura. Com a distância (o filme é de 1963), o que se dá a ver já é outra coisa: "O Processo" de Welles, que talvez tenha pouco a ver com "O Processo" de Kafka. No Eurochannel, às 21h, outro filme que merece muita atenção: "A Liberdade É Branca", do polonês Kieslowski. (IA) Texto Anterior: Buemba! FHC troca dona Ruth por cem camelos! Próximo Texto: Aprovação; Na Mídia; Oferecimento Índice |
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