São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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Líder do governo sai em campanha

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo no Congresso, Germano Rigotto (PMDB-RS), decidiu ontem deixar o cargo para concorrer à Prefeitura de Caxias do Sul (RS).
O PMDB e o PSDB deverão disputar a indicação para o sucessor no cargo no Congresso.
Será mais uma interferência direta das eleições municipais no governo Fernando Henrique e em sua base de sustentação.
Recentemente, a saída de José Serra (PSDB-SP) para disputar a Prefeitura de São Paulo provocou uma crise entre o PSDB e o PFL.
Rigotto comunicou a decisão ontem a FHC. Na terça-feira, ele entrega oficialmente o cargo no Palácio do Planalto.
O sucessor natural de Rigotto seria o 1º vice-líder do governo, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Mas o deputado vai deixar o cargo para disputar a Prefeitura de Londrina.
Isso não impedirá a luta dos tucanos pelo cargo. O PSDB ficou insatisfeito com as últimas mudanças nas lideranças do governo.
O PFL ficou com as lideranças na Câmara e no Senado, enquanto o PMDB ficou com o Ministério para Coordenação de Assuntos Política (Luiz Carlos Santos).
Os tucanos perderam o controle sobre a distribuição de cargos de segundo e terceiro escalões, que passou do secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge, para Santos.
Escalões
O PMDB também não deverá aceitar a perda do cargo. Até agora, as substituições feitas no primeiro e segundo escalões do governo em função das eleições têm sido feitas dentro dos partidos.
Serra foi substituído pelo deputado Antonio Kandir (PSDB-SP) no Ministério do Planejamento.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Cícero Lucena, que disputará a Prefeitura de João Pessoa (PB), teve o seu sucessor indicado pela bancada do PMDB da Paraíba no Congresso. Será o ex-secretário de Finanças da Paraíba Fernando Catão.
O diretor-presidente do DNER, Tarcísio Delgado, que deixou o cargo para disputar a Prefeitura de Juiz de Fora (MG), foi substituído por um técnico indicado pela bancada do PMDB de Minas.

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