São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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Dirigente vê apetite global

MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

Fora das quadras, David Stern é o responsável por ter transformado a NBA em modelo de organização no esporte. Desde 1984, quando assumiu o cargo de dirigente, o faturamento da liga quadruplicou, alcançando dimensões globais -hoje, a NBA tem escritórios em sete países fora dos EUA.
Stern deu na sexta esta entrevista pela Internet, da qual a Folha participou.
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Pergunta - Você acha que a eventual goleada dos Bulls nestas finais prejudicaria os negócios da NBA?
Stern - Não. Temos neste ano um duelo entre as duas melhores campanhas da fase classificatória. É o maior número de vitórias em jogo na história das finais. Que o melhor ganhe. Se o Chicago golear, isso significará que o Seattle é um grande time, mas não tão grande quanto o rival.
Pergunta - Como você avalia o papel de Michael Jordan na liga?
Stern - Além de talvez ser o melhor jogador de todos os tempos, ele tem mostrado liderança, determinação e humildade que dão credibilidade à liga. Isso me deixa orgulhoso, e eu gosto muito de vê-lo jogar.
Pergunta - A quantos jogos você assistiu nesta temporada? E só dos Bulls?
Stern - Acho que 300, 25 do Chicago. Não é muito, uma vez que mais de 1.000 partidas deste campeonato foram televisionadas nos EUA. Terei que dar mais duro no próximo torneio.
Pergunta - Qual sua opinião sobre o novo penteado de Dennis Rodman?
Stern - Não gostei muito desse colorido todo. Eu aguentaria um verde...
Pergunta - Qual é o maior desafio da NBA?
Stern - Temos que pensar ainda mais no mercado internacional. Historicamente, o basquete é um esporte norte-americano. Mas, com as Olimpíadas e os Mundiais, o apetite pela NBA cresceu no planeta.
Pergunta - Por quanto tempo você espera continuar no cargo?
David Stern - Minha idéia é ficar por aqui até bem depois do ano 2000.

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