São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996 |
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Galinheiro é o que restou de edifício em Paulínia
DA REPORTAGEM LOCAL O sonho de comprar a casa própria de 84 famílias em Paulínia (120 km a noroeste de São Paulo) acabou se transformando em um galinheiro.É o que se encontra hoje no local em que deveria ser construído o Condomínio Residencial Royal Park, da construtora Tecab, cujas obras estão paradas desde 1994. O condomínio, com apartamentos de de três quartos, era construído pelo sistema de preço de custo. Hoje a obra está abandonada. "Todos os meses eu pagava as prestações, mas não via a obra avançar", diz a dona-de-casa Célia Piasechi Bertochi, 55, que comprou três unidades: uma para ela e duas para os filhos. O prazo de conclusão da obra era de quatro anos. A assembléia de formação do condomínio ocorreu em agosto de 92. A empresa argumenta que não pôde continuar as obras do edifício porque as prestações estavam muito baixas. Na época em que as obras pararam, custavam R$ 250. Célia deu entrada nos apartamentos com o dinheiro do seguro de vida de seu marido. Em setembro de 94, com outras 21 pessoas, entrou com uma ação na Justiça contra a empresa, pedindo o dinheiro de volta. "O empreendimento foi vendido sem que a incorporação estivesse registrada, o que é ilegal", diz seu advogado, José Carlos de Godoy. A Justiça deu ganho de causa ao grupo, mas a construtora ainda não devolveu o dinheiro. "Quero receber o que paguei", afirma o analista de sistemas Renato Nunes Evangelista, que diz ter R$ 16 mil a receber por seu apartamento. Texto Anterior: Construtora "quebra" e pára obra em Porto Alegre Próximo Texto: Empresa diz que a prestação ficou baixa Índice |
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