São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996 |
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mulheres no ataque
CRISTIANA COUTO Eles não sabem se aproximarA iniciativa feminina na paquera está maior do que as mulheres desejariam. Por timidez ou indecisão masculina, o meio de campo do "jogo relacional" embolou. "O homem já não sabe se aproximar de uma mulher e, ela não sabe esperar o tempo deles", avalia a terapeuta Tai Castilho, 52, do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo. Agora, os homens querem ser conquistados. Com a maior independência feminina, o homem perdeu o comando. "Percebendo-se desvalorizado, ele se sente importante ao ser escolhido. Ao mesmo tempo, deixar-se escolher é valorizar a mulher", declara a terapeuta. Gustavo Senise, 21, empresário, diz que admira mulheres com iniciativa, "mas que não abram o jogo de vez". "Os homens têm medo da mulher independente", diz a bióloga Cristina Moreno, 28, sem namorado há um ano. Claudia Deliberai, sozinha há dois anos, até brigou com um amigo estrangeiro "por ele achar as brasileiras muito 'dadas'". Tomar iniciativa não é chegar atirando. "Procuro chamar a atenção com um olhar, um sorriso", diz a publicitária Ana Bianchi, 29, solteira. Das solteiras, 72% saem regularmente à noite, contra apenas 32% das descasadas. O flerte é um dos objetivos de 42% das mulheres que saem à noite para se divertir. Para 40% delas, o bar é o melhor lugar. Descontraído, com tipos variados, o bar é também ideal para conversar -viagem é o assunto eleito por 63% das entrevistadas. O professor Aílton Amélio da Silva, do Departamento de Psicologia Experimental da USP, avalia que conversar sobre viagens revela coisas em comum, além de ser leve. "Se o assunto for invasivo, pode pôr tudo a perder", alerta. Texto Anterior: Atributos; Vale mais; Caráter Próximo Texto: esse aí não me convence Índice |
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