São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 1996 |
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Rock disputa espaço na noite portenha
PAULO HENRIQUE BRAGA
Deixando o preconceito de lado, é possível encontrar em Buenos Aires uma alternativa de diversão para quem quer ficar longe do tango. "O tango tem muito do estilo portenho, então é possível se identificar com ele, mas é uma música para velhos", diz Ariel Baldrich, 19, DJ do Museo Rock, uma casa de rock de San Telmo. "Não conheço nenhum jovem que goste de tango. Se não fosse pelos turistas e pelos shows que vão para o exterior, a música estaria extinta hoje", afirma. Além do Redonditos, a outra banda mais importante é o Soda Stereo. O primeiro é um grupo mais roqueiro, não grava videoclipes, raramente dá entrevistas. Já o segundo é mais pop, com clipes tocados à exaustão na MTV local. Os fãs dos dois grupos alimentam uma rivalidade ao estilo da existente entre os times de futebol Boca Juniors e River Plate. Outro grupo importante é Los Fabulosos Cadillac, que mistura elementos latinos e afro ao rock. A faixa título do disco "Matador", de 1993, por exemplo, é uma referência mais do que clara à batida dos tambores do Olodum. Há também o som ao estilo Clapton de Los Rodríguez, um grupo formado por dois irmãos argentinos, mas radicado na Espanha. Os "boliches", como são chamadas as danceterias, cobram entre US$ 5 e US$ 6 de entrada, com direito a uma bebida. As noitadas em Buenos Aires começam tarde. Muitas vezes a noite começa por volta de 1h e vai acabar depois das 6h. Nos shows mais concorridos é obrigatório comprar ingressos com antecedência para não ficar do lado de fora. (PHB) Texto Anterior: Restauração deu vida a Puerto Madero Próximo Texto: 'Underground' ganha terreno Índice |
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