São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996
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Sem acordo, aumento dos planos continua suspenso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo não aceitou as propostas de redução das mensalidades dos planos de saúde apresentadas ontem pelas empresas e decidiu manter a suspensão dos reajustes feitos a partir de abril.
Assim, os reajustes das mensalidades continuam limitados à inflação dos 12 meses anteriores.
O secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Aurélio Wander Bastos, fez ontem nova tentativa de acordo com empresas e entidades do setor.
A Abramge (Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo) propôs ligeiro recuo nos aumentos, de cerca de um ponto percentual. As planilhas de custos apresentadas pela entidade indicavam a necessidade de reajustes entre 36% e 42%. O corte seria feito nas despesas com salários.
O prazo para as empresas reverem aumentos terminou ontem, mas a SDE (Secretaria de Direito Econômico) decidiu conceder mais 30 dias para um acordo.
Se ele não ocorrer, o governo deverá arbitrar o percentual de reajuste por empresa. A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda está analisando as planilhas de custos.
A SDE também adiou por 30 dias o envio do assunto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O conselho dirá se os reajustes são abusivos ou não.
Segundo o presidente da Abramge, Arlindo Almeida, as empresas estimavam inicialmente que o reajuste salarial a funcionários ficaria entre 22% e 23%. Na prática, esse percentual ficou limitado a 20%.
Para Wander Bastos, a proposta foi insuficiente. "As empresas estão irredutíveis e não dão indicativos de que vão baixar os preços."

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