São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996
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Chicago prefere ser campeão na 'estrada'

DA REPORTAGEM LOCAL

O Chicago Bulls está a uma vitória do título da temporada 95-96 e de se consagrar como o melhor time da história do basquete profissional norte-americano.
Mas os jogadores preferem conquistar fama e fortuna longe de seus torcedores e familiares.
A equipe derrotou anteontem os Supersonics por 108 a 86 e joga amanhã à noite, de novo em Seattle, pela taça da NBA.
Nas finais da liga, dois times duelam em melhor de sete partidas. Triunfa quem ganhar quatro.
"Mais do que fechar em 4 a 0, é melhor ganhar fora. Quando estamos na estrada, ficamos mais concentrados. Entramos em quadra e sabemos o que fazer", defende Michael Jordan, cestinha dos Bulls.
"Não temos que nos preocupar com a família, em arranjar ingressos para amigos. Na casa do adversário, não há distrações. Nós ficamos mais unidos e jogamos melhor", completa.
O técnico dos Bulls concorda com o superastro. "O que mais me impressiona no time é que ele se supera na casa do rival. É a verdadeira marca de um campeão."
"É melhor jogar sem o conforto do lar. Não vale a pena arriscar com um time tão perseverante quanto o Seattle", acrescenta o ala Scottie Pippen.
As finais da NBA são disputadas na forma 2-3-2. O time com melhor campanha na fase classificatória leva a vantagem de abrir o confronto em seu ginásio -e de fechá-lo, caso necessário.
Recorde
O Chicago não só fez a melhor campanha da temporada, como bateu o recorde histórico de vitórias (72 em 82 jogos).
O Seattle, campeão da Conferência Oeste, chegou às finais com 64 vitórias e 18 derrotas.
Nos playoffs (segunda fase, eliminatória), o rendimento do Chicago é ainda mais impressionante.
Despachou o Miami (3 x 0) e o New York (4 a 1), antes de eliminar o Orlando (4 a 0) nas finais da Conferência Leste.
Se vencerem amanhã, os Bulls também baterão o recorde de pontos em playoffs.
A tarefa dos Sonics, portanto, parece impossível. No domingo, já deram sinais de desespero.
No último quarto da partida, seus atletas deixaram de lado o jogo e passaram a tentar machucar o polêmico Dennis Rodman.
Conhecido pela catimba e provocações, o polêmico ala-pivô dos Bulls desdenhou os adversários: "De repente, eles perderam a cabeça. E, continuo dizendo, o basquete é um jogo cerebral".
Além de Jordan, Rodman e Cia., o passado também se opõe ao Seattle. Nenhum time conseguiu reverter desvantagem de 3 a 0 nos 50 anos de história das finais da NBA.

LEIA MAIS sobre a situação dos playoffs e a coluna "Basquete no Mundo" à pág. 3-6

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