São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996 |
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Os idolos - FOLHA DE S.PAULO
ANDRÉ FONTENELLE Pesquisa e texto: André Fontenelle; Arte: Adilson Secco/Editoria de Arte/Folha ImagemNome: Oscar Daniel Bezerra Schmidt Data de nascimento: 16.fev.58 Local: Natal (RN), Brasil Altura: 2,04 m Peso: 107 kg Residência: São Paulo (SP) Esporte: Basquete A carreira 1971 - Começa a jogar basquete no Clube Social Unidade Vizinhança, no plano piloto, em Brasília 1973 - Convocado para a seleção estudantil de Brasília 1974 - Estréia no infantil do Palmeiras 1975 - Eleito melhor pivô do Campeonato Sul-Americano juvenil 1977 - Campeão sul-americano de seleções, no Chile 1978 - É levado para o Sírio pelo técnico Cláudio Mortari; conquista a medalha de bronze no Mundial, nas Filipinas 1979 - Conquista o título mundial interclubes, em São Paulo 1980 - Disputa a Olimpíada de Moscou (quinto lugar) 1981 - É acusado de agressão a dois torcedores, após uma derrota do Sírio para o Monte Líbano, pelo Campeonato Paulista 1982 - Transfere-se para o América, do Rio, em março, e para o Caserta, da Itália, poucos meses depois; oitavo lugar no Mundial, na Colômbia 1983 - Campeão sul-americano de seleções, em São Paulo 1984 - Recusa proposta do New Jersey Nets para jogar pela NBA, por querer continuar na seleção brasileira (então vedada a profissionais) e por considerar a oferta baixa (US$ 100 mil por ano); disputa a Olimpíada de Los Angeles (nono lugar) 1985 - Campeão sul-americano de seleções, na Colômbia 1986 - Quarto lugar no Campeonato Mundial, na Espanha 1987 - Herói e cestinha na conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (EUA), com a vitória sobre os EUA na decisão 1988 - Quinto lugar na Olimpíada de Seul; bate o recorde olímpico de pontos em um jogo (55 contra a Espanha) 1990 - Bate o recorde de pontos em um jogo em Campeonatos Mundiais (52 contra a Austrália, na Argentina); quinto lugar no Mundial; acerta transferência para o Fernet Branca, de Pavia (Itália) 1991 - Torna-se o primeiro jogador a marcar 10 mil pontos no basquete italiano 1992 - Quinto lugar na Olimpíada de Barcelona 1993 - Anuncia que abandonou a seleção brasileira; transfere-se para o Fórum Filatélico, de Valladolid (Espanha) 1995 - Volta ao basquete brasileiro, pelo Corinthians-SP; volta à seleção e a ajuda a se classificar para os Jogos de Atlanta 1996 - Conquista o título brasileiro, pelo Corinthians; prepara-se para se tornar o primeiro jogador de basquete a disputar cinco Olimpíadas Os rivais Hakeem Olajuwon (1963) EUA Nascido na Nigéria, é atualmente bicampeão da NBA pelo Houston Rockets Arvidas Sabonis (1964) LIT Com 2,21 m e 127 kg, conduziu a URSS à vitória em Seul-88. Hoje joga pela Lituânia A propósito... 1 - O que a levou a adotar o basquete como esporte? Comecei jogando futebol, em Natal. Depois, mudei para Brasília e, como eu tinha tido uma febre reumática, meu pai me incentivou a fazer esporte. Um tio sugeriu o basquete. Comecei aos 13 anos. 2 - Se não fosse jogador, o que acha que seria hoje? Engenheiro eletrônico. Era meu sonho, quando eu era moleque. Até hoje, gosto, mas deixei de fazer. 3 - Que outra atividade o apaixona na vida cotidiana? Tenho muitos 'hobbies'. Gosto muito de pescar com meu filho (Felipe, de 10 anos), mas não tenho muito tempo. Gosto de aquários, fotografia, colecionar selos, computadores... 4 - Seu treinamento tem algum detalhe diferente do de seus rivais? Uma coisa que eu fiz muito foi arremesso. Mais de mil por dia. Tenho certeza de que ninguém chutou mais do que eu. Pode ter jogador melhor, mas que arremessa mais, não. 5 - Qual é sua maior qualidade? Acho que é arremesso, mesmo. 6 - Qual foi seu maior fracasso pessoal? Falar de cicatriz, de um fracasso esportivo, é uma afronta à pobreza, ao pessoal que está aí passando dificuldade. Só de ter todo esse tempo de basquete já é uma alegria. 7 - Que atleta, do presente ou do passado, o inspira mais? Meu ídolo, quando eu era moleque, era o Ubiratã (Maciel, pivô do Brasil nos Jogos de 64 a 72). Depois, quando virei ala, passou a ser o Larry Bird (jogador do Boston Celtics). 8 - Quem serão seus maiores rivais em Atlanta? Há quatro times, em teoria, superiores, e outros quatro no mesmo nível: Argentina, Porto Rico, Grécia e Austrália. 9 - Você tem alguma superstição ou truque para evitar a tensão antes de uma prova? Falar com a minha esposa (Cristina). Ligo para ela e a gente conversa. 10 - A que personalidade você dedicaria uma eventual medalha de ouro? Dedicaria para ela. 11 - Qual é o futuro de sua carreira após a Olimpíada? Jogar basquete. Não estou preparado para parar, não. 12 - Se pudesse mudar alguma coisa no esporte, o que seria? Está havendo tanta mudança, o pessoal está com tanta vontade de melhorar, que fica até chato mudar alguma coisa. Está melhorando demais. Texto Anterior: Kafelnikov ascende para 5º no ranking Índice |
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