São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996
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Filme tenta atrair pelo fracasso

PATRICIA DECIA
DE NOVA YORK

"Showgirls", do diretor Paul Verhoeven ("Instinto Selvagem"), foi fracasso de bilheteria e crítica nos EUA. Lançado em setembro de 95, o filme foi precedido por uma campanha publicitária milionária, de cerca de US$ 20 milhões, que durou quatro meses.
Além disso, "Showgirls" foi o primeiro filme depois de "Henry e June" (de Philip Kaufman) a receber a classificação NC 17 -criada para diferenciar filmes eróticos de pornográficos- única que não permite a entrada de menores de 17 anos no cinema, nem acompanhados dos pais.
Toda a expectativa transformou o filme em número um de bilheteria na semana de lançamento. A arrecadação caiu vertiginosamente nas semanas seguintes, e "Showgirls" saiu de cartaz sem atingir os US$ 10 milhões.
Perante a crítica, o desempenho também não foi melhor. "Showgirls" conquistou a "Framboesa de Ouro" de pior filme de 95.
No início do ano, a produtora tentou transformar o filme em cult movie, com seu relançamento na sessão maldita, à meia-noite, em cinemas de Nova York e Los Angeles.
Desta vez, os cartazes de divulgação tentavam capitalizar a fama de "pior do ano".
Atualmente, a única coisa que faz o filme ser lembrado é o receio de que a fama de "Showgirls" atrapalhe o lançamento de "Strip Tease", o mais novo filme de Demi Moore.

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