São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 1996 |
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Testemunha responde a dois processos
ABNOR GONDIM
Essas informações foram prestadas ao ministro Nelson Jobim (Justiça) pela PF (Polícia Federal). Mas ele considerou que isso não invalida o depoimento da testemunha, ainda sob a proteção de agentes federais. A PF não informa a localização da testemunha. A Folha confirmou ontem junto ao Tribunal de Justiça de Goiás que o gerente responde apenas a processo sob acusação de ter sequestrado e submetido a cárcere privado Oswaldo Pereira Filho. No início de maio passado, Oliveira denunciou à PF que supostos pistoleiros vestiram fardas da PM para participar do massacre. Ele acusou o advogado Plínio Pinheiro Neto, da fazenda Macaxeira (PA), de tê-lo convidado para contribuir com R$ 5.000 que seriam destinados à Polícia Militar. A fazenda é pretendida pelos sem-terra. No seu depoimento, Oliveira chegou a contar que o advogado mostrou uma bolsa de couro cheia de cédulas, que teriam sido arrecadadas junto aos fazendeiros da região. Prisão A Folha apurou que o advogado Plínio Pinheiro Neto estuda processar a testemunha e o próprio ministro Jobim. O advogado reclama que a PF deu extrema atenção às denúncias contra ele sem fazer qualquer investigação sobre os antecedentes criminais do gerente. Pinheiro Neto afirmou a amigos ter provas de que o gerente mentiu nos seus depoimentos ao informar que trabalhava em Xinguara, a 100 km do local do massacre. Segundo Pinheiro Neto, a testemunha trabalhava em Redenção (PA), a 250 km da área do conflito. Outra mentira da testemunha, segundo o advogado, foi a descrição do suposto pistoleiro "Jamaica", cujos cabelos são negros e não de cor ruiva, como havia dito o gerente. A assessoria do Ministério da Justiça informou que, se estiver mentindo, o gerente será imediatamente preso pela PF por prestar falso testemunho. Texto Anterior: FHC abandona imposto da terra, diz MST Próximo Texto: Grupo é suspeito por fogo Índice |
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