São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 1996
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Explosão arrasou 3 quarteirões no Brás em 1991

DO BANCO DE DADOS

Falta de fiscalização, negligência de proprietários de imóveis comerciais e descuido em cozinhas domésticas têm sido responsáveis por inúmeras tragédias causadas por explosões de gás.
Em 1991, uma faísca de relâmpago em um depósito de botijões de gás da loja Belcenter, no Brás, zona leste de São Paulo, arrasou três quarteirões, num raio de 4.000 metros quadrados.
A estrutura de 138 lojas e pelo menos 50 casas e pequenos edifícios foram afetadas.
Na explosão, que na época foi comparada à de um míssil, uma pessoa morreu, e três ficaram feridas. Os prejuízos foram estimados em US$ 2 milhões.
A provável falha na conexão da mangueira de um fogão causou a explosão do Bar e Lanches Santa Cruz, na Vila Mariana (zona sul de São Paulo), no dia 21 de abril de 1995. Quatro pessoas morreram e 17 ficaram feridas.
Outro vazamento de gás teve consequências graves em dezembro de 1989.
Dez pessoas morreram e 21 ficaram feridas na explosão de um depósito de gás, que destruiu três dos cinco andares do prédio Fast Smile, na rua 15 de Novembro, uma das mais movimentadas do centro de São Paulo. No local funcionava uma lanchonete.
Desabamentos
Os vazamentos de botijões de gás não são a única causa das tragédias urbanas.
Em 20 de dezembro de 1972, o teto do Supermercado Ideal, em Pilares, no subúrbio do Rio de Janeiro, desabou quando cerca de 250 pessoas faziam compras.
O supermercado havia sido inaugurado sem ter obtido o "habite-se" do Departamento de Edificações da Secretaria de Obras do Estado.
Cerca de 200 pessoas ficaram feridas e 14 morreram soterradas.
Segundo o ex-diretor do Contru (Departamento de Controle e Uso de Imóveis), Carlos Alberto Venturelli, uma pesquisa do órgão detectou que 40% dos botijões em todo o país apresentam problemas de vazamento.
Coréia Na Coréia do Sul, em abril de 1995, 103 pessoas morreram, entre elas 48 crianças, vítimas da explosão de uma tubulação de gás na cidade de Taegu, a terceira cidade do país, a 250 km ao sul da capital Seul.
A explosão, que atingiu 70 prédios e lançou ao ar 30 veículos, ocorreu em uma tubulação subterrânea de gás, perto de obras do metrô e de um shopping center.
Segundo relatório de peritos, o acidente foi causado por uma faísca provocada por um soldador que trabalhava em um vazamento no cano de gás.
Cinco pessoas foram indiciadas, entre elas o presidente da empresa de engenharia responsável pelos reparos na tubulação e o inspetor das obras do shopping center.

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