São Paulo, quinta-feira, 13 de junho de 1996
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Universidades podem voltar a funcionar

Assembléia deve pôr fim ao movimento

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Esvaziada, a greve de professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas pode terminar esta semana. Ontem, servidores da USP votaram um indicativo para o fim da greve, a ser confirmada em assembléia hoje.
Os professores da Unicamp decidiram na terça-feira voltar ao trabalho hoje. A avaliação que fizeram foi que estava sendo difícil manter a adesão à paralisação.
Com a saída de alguns setores da greve, a tendência é que as outras entidades também suspendam o movimento -segundo lideranças do movimento grevista, que preferiram não se identificar.
Manifestação ontem na Assembléia Legislativa, no Ibirapuera (zona sul de São Paulo), reuniu cerca de mil membros da USP, Unesp e Unicamp, a grande maioria estudantes, convocados pela UNE, UEE (União Nacional e Estadual de Estudantes), diretórios e centros acadêmicos.
Todos reivindicavam que os deputados aumentem de 9,57% para 11% a cota do ICMS (principal imposto do Estado) destinada às universidades estaduais paulistas.
Desde 95, o governo Covas vem reduzindo esse percentual, estabelecendo um teto orçamentário para as universidades (o valor do ano anterior, mais 25% do aumento da arrecadação do ICMS. Com isso, este ano a previsão é que as três instituições receberão 9,42% do ICMS (cerca de R$ 1,5 bilhões).
Deputado cercado
O principal alvo de críticas dos manifestantes foi o deputado Vaz de Lima (PSDB), que propôs a criação de um grupo de estudos para instituir mensalidades nas universidades estaduais.
Vaz de Lima foi cercado por estudantes, que chegaram a xingá-lo na Assembléia.
Os manifestantes lotaram o plenário principal da Assembléia, aos gritos de "não, não, não, à privatização" -que, para eles, ocorreria com a cobrança de mensalidades.

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