São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996
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Pá de cal; Teatro armado; Coração sofrido; Muro petista; Bem-humorado; Sem solução; Lama pura; Bíblia dos políticos; Mostrando a conta; Beque central; Mudança de rumo; Só pedem, não dão; Caindo na real; Tudo ou nada; Empresários de esquerda; Muito prazer

Pá de cal
Na reunião de ontem com Luís Eduardo Magalhães, os líderes governistas decidiram se empenhar para matar a CPMF, novo imposto para a Saúde. Pedirão a FHC que retire a emenda. Crêem que ela não passa no Congresso.

Teatro armado
Os líderes governistas apresentarão a FHC fórmula alternativa para obter os recursos que viriam com a CPMF. Ninguém sabe qual é. Lembrarão que a proposta de Jatene tem uma penca de inimigos no próprio governo.

Coração sofrido
Maldade de um pefelista sobre a CPMF: "De diretor do Incor (Instituto do Coração), o Adib Jatene vai passar a paciente".

Muro petista
Não é só o governo que vai e volta na CPMF. O PT já votou duas vezes internamente. Na última vez, decidiu apoiar a medida por 28 a 27 votos. Agora, 22 deputados apóiam pedido de Ivan Valente para nova revisão.

Bem-humorado
O ares de Paris estão fazendo bem a Covas. Comentando crítica de Maluf sobre seu humor, disse, sorrindo: "Não vou discutir com o prefeito o meu humor, que, até por publicidade, cultivo como mau humor".

Sem solução
O presidente do STF, Sepúlveda Pertence, bateu um recorde ontem. Distribuiu 1.000 processos no tribunal -que analisa 36 mil ações por ano, contra 150 da Suprema Corte dos EUA. "É a prova da falência do Judiciário."

Lama pura
Inimigos de Orestes Quércia espalham a existência de uma fita cassete com um diálogo entre o ex-governador e um convencional do PMDB paulistano. Quem ouviu jura ser uma conversa 100 mil vezes indecente.

Bíblia dos políticos
A Fundação Getúlio Vargas promove dia 27, em São Paulo, um debate sobre pesquisas eleitorais. Além dos grandes institutos, estará presente Antônio Lavareda, pesquisador do Planalto.

Mostrando a conta
O Planalto não deve voltar atrás nos cortes no Orçamento, apesar da chiadeira da base governista. Alega que a situação é difícil e que não há muitas saídas sem as reformas que o Congresso está deixando de votar.

Beque central
Os ministros também vão sofrer marcação cerrada da Secretaria de Orçamento e Finanças. Para evitar uma velha malandragem: o ministério gasta com o supérfluo e depois pede mais dinheiro para o que é prioritário.

Mudança de rumo
Os cortes no Orçamento são o início de um processo maior: o governo quer acabar com a figura da suplementação orçamentária. Havendo excesso de receita, a idéia é que a sobra seja usada para abater a dívida interna.

Só pedem, não dão
O Planalto não deu a mínima para a ameaça de paralisar a votação das reformas, feita por parlamentares em represália aos cortes no Orçamento. Por um único e simples motivo: eles não estão votando nada mesmo.

Caindo na real
Aturdida com as derrotas sofridas na Câmara, a bancada ruralista decidiu reavaliar suas forças. Enxuga daqui, enxuga dali, concluiu que pode contar com algo entre 50 e 70 deputados. Antes, bravateava 170. No mínimo.

Tudo ou nada
Com o iminente naufrágio de sua contratação para a campanha de Erundina (PT) em São Paulo, o publicitário Celso Loducca aborta a opção de ser um consultor: "Não sei ser palpiteiro sem ter as responsabilidades".

Empresários de esquerda
No comando da campanha de Erundina (PT), a piada é que o apoio dos empresários da Cives tem sido muito simbólico. Dinheiro mesmo, nada. Os cofres do partido continuam vazios.

Muito prazer
As centrais sindicais convidaram Mário Lago, Guarnieri, Paulo Autran e Rolando Boldrin para estrelar, na TV, a convocação da greve do dia 21. Todos recusaram. A greve será anunciada pelo famoso Adriano Reis.

TIROTEIO
De Sérgio Cabral Filho, provável candidato do PSDB no Rio, sobre a tentativa de Miro Teixeira (PDT) de se afastar da sombra de Leonel Brizola:
- O Miro pode até tomar banho no rio Jordão que não se purifica mais.

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