São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996
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BC fará pesquisa para definir nova família de moedas do país

Maior problema é a semelhança entre as moedas atuais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No aniversário de dois anos do Plano Real (próximo dia 1º de julho), o Banco Central vai anunciar a realização da pesquisa de opinião que definirá a nova família de moedas do país.
As moedas escolhidas devem começar a circular em julho de 1997.
A informação é do diretor de Administração do BC, Carlos Eduardo de Andrade.
Segundo ele, a estimativa é que a população comece a ser ouvida pelos pesquisadores no início de agosto.
Os entrevistados vão opinar sobre a forma, o tamanho e a cor das novas moedas.
Hoje, existem moedas no valor de R$ 0,01, R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,25, R$ 0,50 e R$ 1.
O número de moedas poderá aumentar ou diminuir conforme os resultados da pesquisa.
Moedinhas
As principais reclamações dos usuários, segundo pesquisa prévia do BC, é que as moedas são muito parecidas e pequenas.
"Isso, para nós, não é novidade. Tivemos muito pouco tempo para lançar as moedas do real", disse Andrade.
A idéia é que as novas moedas tenham duas cores, misturando materiais diferentes.
Um modelo poderá ser de aço carbono (a cor das atuais) revestido com cobre (tonalidade vermelha) e latão (tonalidade amarela), por exemplo.
O conceito já pode ser observado nos países europeus, onde grande parte do dinheiro em circulação está sob a forma de moeda (e não de papel), e há grande diferenciação de cores, tamanhos e materiais utilizados na sua confecção.
Substituição gradual
Hoje, estão circulando 4 milhões de moedas do real, segundo Andrade.
A substituição será gradual e se completará ao longo de quatro anos -1 milhão de moedas será lançado a cada ano.
O BC não vai determinar a perda do valor das moedas antigas para evitar tumulto, como a corrida da população aos bancos, segundo Andrade.
As instituições bancárias é que repassarão ao BC as moedas que serão substituídas.
Será criada uma fábrica de disco de aço para produzir a nova família de moedas, disse Andrade.
Hoje, esse trabalho é feito por empresas da iniciativa privada, que apresentam uma planilha de custos muito elevados.
A fábrica de discos de aço será instalada na Casa da Moeda.

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