São Paulo, sábado, 15 de junho de 1996
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Bolsa negocia o maior volume do ano

RODNEY VERGILI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dicas
1 As cadernetas estão com rentabilidade reduzida neste mês.
2 Prefira os fundos de renda fixa de 30 dias.

O volume de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo foi ontem de R$ 656,979 milhões (o equivalente a US$ 656,26 milhões). É o maior volume de negócios desde 18 de dezembro de 1995 (US$ 798,4 milhões).
O mercado está sendo agitado pelo vencimento do mercado de opções na próxima segunda-feira.
É uma guerra entre os investidores com "posições compradas" (que apostam na alta) e "vendidas" (na baixa). Na segunda-feira, há mais um vencimento do mercado de opções, apurando-se ganhos e perdas.
Ontem, os investidores que apostaram na alta levaram vantagem. O índice da Bolsa paulista subiu 2,38%.
O volume de negócios na Bolsa do Rio foi também elevado (R$ 388,8 milhões), por causa da realização do leilão da malha centro-leste da Rede Ferroviária Federal.
O índice de produção industrial nos Estados Unidos, com crescimento de 0,7% em maio, ficou dentro do esperado. Os juros de 30 anos do Tesouro dos Estados Unidos caíram de 7,135% no dia anterior para 7,09% ao ano ontem.
O Banco Central manteve ontem a taxa-over de 3,25% por 30 dias, o que equivale a uma projeção de rentabilidade de 2,06% no mês.
O mercado projeta rendimento das caderneta de até 1,4% para este mês, contra estimativa de inflação (Fipe) entre 1,3 e 1,7%.
As cadernetas não estão conseguindo atrair poupadores. A Abecip -entidade que reúne empresas de crédito imobiliário- estima perdas (saques superiores a depósitos) de R$ 741 milhões em maio. As perdas em maio foram as maiores do ano e equivaleram a 1,44% do saldo total.
Ontem, o governo realizou leilão de Letras do Tesouro Nacional de 183 dias em volume estimado de R$ 2,8 bilhões. Os papéis registraram taxa média de 2,62% ao mês. No leilão anterior, em 15 de maio, a taxa média foi de 2,67% ao mês.
No mercado cambial as entradas de dólares continuam superando as saídas. Houve pressão para baixo nas cotações e o Banco Central interveio ontem comprando dólar em leilão a R$ 1,001.

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