São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996 |
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Cortes revoltam a base do governo no Congresso Substitutivo ao projeto de LDO limita poder do Executivo SÔNIA MOSSRI
Representantes de lideranças do PMDB, PPB, PFL e PTB na Comissão Mista de Orçamento aprovaram, na última quinta-feira, substitutivo ao projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 97 que restringe a margem de manobra do governo. A proposta proíbe o governo de gastar um doze avos do Orçamento enquanto o projeto ainda estiver em tramitação no Congresso. Pela legislação atual, o governo pode gastar um doze avos de cada dotação mensalmente enquanto o Congresso não aprova o Orçamento. Em 96, FHC fez isso nos cinco primeiros meses do ano. Autonomia O relator do projeto da LDO, senador Cunha Lima (PMDB-PB), disse que os cortes estão levando os parlamentares a buscar maior autonomia do Congresso sobre o Orçamento. "Não vou engessar o Executivo, mas também não vou retirar do Congresso suas prerrogativas. O Congresso está cansado de aprovar um Orçamento que nunca é respeitado", disse. O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse que já encaminhou ao ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) as queixas da bancada. O do PMDB, Michel Temer (SP), fez o mesmo. Para o relator-geral do Orçamento de 97, senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), os cortes provocaram muita insatisfação. Ele disse que o governo havia se comprometido a não bloquear verbas. O vice-presidente Marco Maciel também não gostou dos cortes, que praticamente inviabilizam as obras do porto de Suape (PE). Pernambuco é sua base eleitoral. Maciel disse ao governador Miguel Arraes (PSB), que conversaria com FHC e com os ministros Antonio Kandir (Planejamento) e Odacir Klein (Transportes) sobre as verbas para Suape. Texto Anterior: Vire-se e pague Próximo Texto: Medida afeta Transportes Índice |
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