São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996
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Como talento não basta, é necessário conspirar

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A faceta conspiradora de Michael Schumacher não é exclusividade do piloto alemão.
Na história da F-1, muitos campeões trabalharam nos bastidores para obter vantagem, apesar do talento nas pistas -o que parece não ser suficiente na categoria.
Dois bons exemplos são os brasileiros Nelson Piquet e Ayrton Senna, ambos tricampeões mundiais.
Em 1987, para conquistar o terceiro título, Piquet escondeu informações do próprio time, a Williams, que visivelmente favorecia seu companheiro Nigel Mansell.
Senna conseguiu tirar Alain Prost da McLaren no final de 89, mesmo sendo o francês o campeão daquele ano. Recebeu o troco em 93, quando Prost roubou-lhe a vaga na então favorita Williams.
A exemplo dos brasileiros, Schumacher tem se mostrado bastante habilidoso fora das pistas. Em 91, foi colocado no lugar de Roberto Moreno no meio do ano por Flavio Briatore, diretor da Benetton.
E, para muitos, teria sido um dos responsáveis pela aposentadoria do então companheiro Piquet, naquela mesma temporada.
Desde então, ninguém sobreviveu ao lado de Schumacher.
(JHM)

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