São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 1996![]() |
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Reclames
NELSON DE SÁ
E Vicentinho e o PT descobrem o valor da publicidade, na Globo, na Bandeirantes. Vicentinho, como Erundina na semana anterior, tomou a televisão. Convoca, com ares de garoto propaganda, uma greve geral. Uma greve geral!, assunto que já foi dos mais perigosos -agora no intervalo do Fantástico, ou no intervalo do Fla-Flu. A esquerda e as antigas bandeiras parecem ter entrado, elas também, para o mercado. Em concorrência com pacotes de turismo e com aparelhos domésticos, não assustam, não trazem perigo. No comercial, o sindicalista vende o seu produto: - É greve geral nacional. Pelo emprego, pela reforma agrária, pelo direito dos trabalhadores, por aposentadoria digna. - Vamos parar. Quem sabe assim geraremos emprego e este Brasil voltará a crescer. Quem sabe... Como em todo comercial, não falta sequer a frase de efeito, final, com a mão aberta: - Dia 21, pare! Ou não, se encontrar produto melhor no mercado. * A conjunção de massacre dos sem-terra com derrota das reformas virou o fio do governo FHC. Desde então não tem tragédia no país que não receba visita de ministro ou secretário. José Gregori, assim, confirmou que a Polícia Federal "acompanha" as investigações em Osasco. E Raul Jungman cuida do Maranhão. A pressão não teve efeito, com todas as ameaças envolvidas, e ele vai governar por medida provisória, por decreto, o que for. Texto Anterior: Diretor se nega a falar Índice |
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