São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 1996
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Libanesa é encontrada morta em casa

DA REPORTAGEM LOCAL

A libanesa Latife Hajar Charanek, 56, foi encontrada morta com um tiro na cabeça anteontem à noite na cozinha de sua casa, na avenida Yervant Kissajikian, na Vila Joaniza, bairro da zona sul de São Paulo.
Segundo a polícia, não havia sinais de arrombamento na casa de Latife. Nenhum objeto foi tirado do local, segundo familiares.
"As gavetas do quarto estavam abertas, mas nada foi retirado", afirmou o delegado João Renato Weselowski, da equipe A-Sul da divisão de homicídios, que investiga o caso.
Ouvido
A libanesa foi atingida por um disparo próximo ao ouvido esquerdo. A última vez que ela foi vista com vida foi na noite de segunda-feira.
A polícia não tem pistas sobre o crime. Segundo os policiais, Latife embarcaria na próxima semana para o Líbano, onde mora seu marido, Esmael Charanek, 75, e três filhos do casal.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) deverá tomar os depoimentos de familiares de Latife nos próximos dias.
Rede de lojas
Latife e o marido vieram para o Brasil há 40 anos. Eles eram donos de uma rede de lojas de móveis no país, que venderam há seis anos.
A família vivia com a renda de oito imóveis alugados. Latife costumava passar seis meses no Brasil e seis no Líbano.
"Todo mundo a conhecia e gostava dela", afirmou o sobrinho de Latife, Ismael Charanek, 34.
O corpo da libanesa foi encontrado por sua sobrinha, conhecida como Rachel.
Para o delegado João Renato Weselowski, Latife conhecia o assassino. "É possível até que ela tenha aberto a porta para o criminoso", disse ele.

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