São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 1996
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EUA aposentam seu 1º jato presidencial

Idade é a mesma do 'Sucatão' brasileiro

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O primeiro jato presidencial da história dos EUA, um Boeing 707 da mesma época do que serve o presidente do Brasil, fez ontem sua última viagem, de Washington para Seattle, onde vai fazer parte do museu da Boeing.
O avião foi comprado pelo governo dos EUA em 1959 e serviu como US Air Force 1 para os presidentes Dwight Eisenhower, John Kennedy e Lyndon Johnson.
Sua primeira missão foi levar Eisenhower para a então Alemanha Ocidental, onde o presidente dos Estados Unidos se reuniu com o chanceler Konrad Adenauer.
Foi a bordo do avião, número de série 58-6970, que Johnson assumiu a Presidência dos EUA, quando voava de Dallas para Washington, após a morte de Kennedy em 22 de novembro de 1963.
O coronel da reserva Joe Sofet, que pilotou o 707 naquele vôo e em todos os feitos por Eisenhower e Kennedy no aparelho, foi convidado para a cerimônia de despedida do 6970, na base aérea de Andrews, em Washington.
Sofet, 77, disse que o 707 "tem um bocado de histórias para contar". No escritório de bordo, ainda são mantidos um segurador de cachimbos de Kennedy e um cabide de chapéus de Johnson.
Últimas viagens O 6970, também conhecido por "Queenie", serviu na Força Aérea dos EUA até o mês passado. Seus vôos mais recentes foram para Israel, no ano passado, com parte da comitiva dos EUA ao enterro do premiê Yitzhak Rabin, e para o Haiti, em 1995, como avião reserva do que levou o ex-presidente Jimmy Carter.
Segundo o sargento Rick Corral, porta-voz da base de Andrews, a Força Aérea resolveu que seria mais barato aposentar "Queenie" do que fazer as reformas necessárias para mantê-lo seguro e atualizado tecnologicamente.
O 707 que serve o presidente do Brasil, apelidado de "Sucatão", foi fabricado em 1958, e seu chassi é um dos primeiros que a Boeing fez para o modelo.
(CELS)

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