São Paulo, domingo, 23 de junho de 1996
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DEPOIMENTO

"Eu já parei de fumar quatro vezes. Em todas as vezes, meu método foi diminuir o número de cigarros aos poucos.
Cheguei a ficar sem fumar por dois anos. Voltei a fumar quando meu irmão morreu. Foi muito difícil na época. Não aguentei, e o cigarro funcionou mesmo como uma muleta.
Minha última tentativa foi há quatro anos.
Hoje, fumo um maço por dia. Sei que faz muito mal para minha resistência. Não me preocupo em deixar o cigarro por questões estéticas. Sei que faz mal para a pele, mas isso não vai me fazer largar o cigarro.
Essa história de que parar de fumar engorda também não me preocupa. É só se cuidar.
Acho que hoje as mulheres estão fumando mais e demorando mais para largar o cigarro por conta de seu envolvimento muito maior com o mercado de trabalho.
Para os homens que sempre estiveram no mercado, trabalhando, acostumados ao estresse, a necessidade do cigarro é menor.
Para as mulheres, ele funciona como apoio. As mulheres ainda são meio virgens na competição do mercado de trabalho, e o cigarro é uma muleta."
(Carolina Ferraz, 28, atriz)

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