São Paulo, segunda-feira, 24 de junho de 1996
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Reta final

CIDA SANTOS

Chegou a hora da decisão na Liga Mundial. Brasil, Itália, Holanda, Rússia, Cuba e China farão os últimos grandes confrontos de vôlei masculino antes da Olimpíada.
Serão seis dias de disputas, espionagens e observações. Hoje, dia da primeira rodada das finais, brasileiros e italianos já começam a medir forças.
Neste ano olímpico, o Brasil parece estar reencontrando seu jogo.
O técnico Zé Roberto tem seguido a máxima que a modernidade está na versatilidade do jogador. No time titular brasileiro já não tem mais um atacante de meio clássico: Carlão e Max atacam de todas as posições.
Falando em Max, vale lembrar que ele é o jogador que tem apresentado a maior evolução nos últimos tempos. Curado de uma tendinite crônica no joelho, o dono da camisa dez do Brasil tem melhorado sua impulsão de maneira espantosa.
Basta comparar os números: no livro oficial da Liga Mundial, o alcance de bola de Max no ataque é 3,37 m. Segundo o preparador físico Júlio Noronha, ele agora está alcançando a bola a mais de 3,50 m.
Resultado: uma das jogadas mais impressionantes da seleção tem sido seus ataques pelo meio com bolas altas.
Mas, nesta etapa final da Liga, o Brasil terá grandes adversários. A Itália, atual bicampeã mundial, fez uma campanha perfeita: em 12 jogos, apenas uma derrota para a Bulgária.
A Holanda, vice mundial e olímpica, jogando em casa, tem chance de acabar com a síndrome de medalha de prata.
A boa nova da Rússia, a única invicta, é a volta de Platonov, o velho mestre que comandou a então União Soviética nas últimas grandes conquistas: o bicampeonato mundial, em 78 e 82, e o título olímpico, em 80.
Tem também Cuba, do levantador Diago, um time sempre aguerrido, e a China, a zebra destas finais.

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