São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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PF 'federaliza' as investigações do crime ARI CIPOLA ARI CIPOLA; SILVIA QUEVEDO
A apuração do assassinato de PC Farias foi "federalizada", disse o governador de Alagoas, Divaldo Suruagy (PMDB). A nova fase da investigação modifica a conduta da policia alagoana, que, após reunião, decidiu considerar todos os seguranças e a família de PC como suspeitos. Em Florianópolis, a caminho do Paraguai, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a PF "já está investigando". Ele não quis comentar o trabalho da polícia alagoana. "Doa a quem doer" "Quero que não fiquem dúvidas sobre o assassinato e que sejam punidos os responsáveis, doa a quem doer", afirmou Suruagy. Por ter sido amigo de PC, o governador disse que, pessoalmente, não crê no envolvimento da família do empresário. "A participação da família é apenas na dor de ter perdido seu líder", afirmou Suruagy. Inquérito O inquérito continua sendo presidido pela Polícia Civil de Alagoas, mas a PF participará da investigação. Uma equipe de seis policiais federais já está em Alagoas. "Quando soube do assassinato, chamei a Polícia Federal para acompanhar o caso, pois eu sabia que, por melhor que fosse o inquérito, o caso teria repercussão internacional e ninguém confiaria no resultado", afirmou Suruagy. Novos exames Os laudos do inquérito serão refeitos. A arma do crime segue hoje para Salvador, onde passará por novo exame de balística. O governador solicitou à PM informações sobre uma possível punição ao coronel e médico George Sanguinetti, que disse suspeitar de manipulação das autópsias. Para Sanguinetti, PC teria levado o tiro em pé, e a namorada do empresário não poderia ter se matado. Ele se disse ameaçado e pediu proteção ao governo. Posição do corpo O secretário da Segurança de Alagoas, José Amaral, afirmou que a perícia mostra que PC não estava dormindo na posição em que foi encontrado -de barriga para cima e de olhos abertos. Segundo ele, PC estava de lado e, ao receber o tiro, ficou de barriga para cima e abriu os olhos. Colaborou SILVIA QUEVEDO, free-lance para a Agência Folha Texto Anterior: As versões para o crime Próximo Texto: Arma foi comprada 9 dias antes do crime Índice |
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