São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996
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'Laudo indicará só hipóteses'

DA AGÊNCIA FOLHA; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Alagoas não esclarecerá se Suzana Marcolino da Silva foi assassinada ou se suicidou, afirmou ontem em Maceió o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Legal (SBML), Anelino José Rezende.
"O laudo deve indicar as hipóteses de suicídio e homicídio como viáveis", afirmou Rezende.
Rezende -que vive em Brasília e chegou anteontem a Maceió- fez a avaliação após analisar os dados que lhe foram fornecidos pelo médico legista do IML de Alagoas, Gerson Odilon, que deverá assinar o laudo.
"O laudo é só uma peça auxiliar. Ele não tem a finalidade de ser conclusivo", afirmou Odilon, que é presidente da regional alagoana da Sociedade Brasileira de Medicina Legal.
O principal fato que impedirá que o laudo seja conclusivo, na opinião de Rezende, é que o tiro que matou Suzana foi disparado a curta distância. "Nesse caso, o autor dos disparos tanto pode ser ela quanto outra pessoa. Se o disparo tivesse sido efetuado a dois ou três metros, seria diferente", afirmou.
"Isso é uma vergonha. Está havendo uma acomodação do IML para eximir-se de responsabilidade no caso", disse.

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