São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996
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PAS estréia em 4 áreas em 15 dias

RODRIGO VERGARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os hospitais do Jabaquara, Tatuapé-Penha, Brasilândia-Cachoeirinha e Santo Amaro passarão a ser gerenciados pelo PAS (Plano de Atendimento à Saúde) em menos de 15 dias.
As datas oficiais de funcionamento do plano nos quatro hospitais serão divulgadas hoje, segundo o secretário municipal da Saúde, Roberto Paulo Richter, durante a assinatura, às 12h, dos convênios para criação das cooperativas.
Richter afirmou ontem à Folha que não iria divulgar as datas exatas de implantação do PAS nas quatro unidades para evitar "a ação dos 'contras', que fazem protestos em frente aos hospitais".
Segundo a Secretaria da Saúde, com essas quatro unidades, toda a rede municipal de Saúde passaria à administração do PAS.
Protesto
Os convênios com os novos hospitais ainda nem foram assinados e já estão causando protestos.
Ontem, servidores municipais, organizados pelo sindicato da categoria, foram à frente do hospital do Tatuapé, na zona leste da capital, protestar contra o sistema.
A manifestação foi prejudicada pela chuva, segundo João Batista Gomes, 30, representante do sindicato. Mas o sindicalista promete novos protestos para hoje.
Entre os cerca de 40 servidores aglomerados sob um toldo de um bar em frente ao hospital, as queixas ao PAS eram várias.
Benedito Alves, funcionário do setor de radiologia do hospital que não aderiu ao PAS, apresentava um ofício timbrado pelo hospital que o dispensava de se apresentar ao trabalho ontem e hoje devido à implantação do PAS.
O representante do sindicato diz que está aconselhando as pessoas que receberam o aviso a se apresentar ao trabalho hoje. "Para evitar ser responsabilizado pelo mau atendimento, depois."
Mudanças
O hospital receberá, por conta do convênio com a prefeitura, cinco ambulâncias, dois microônibus, dez carros administrativos, uma central de PABX e 180 computadores. "Tudo novo", afirma a vice-presidente da futura cooperativa, Márcia Virgínia Arnold.
Segundo Márcia, o hospital, que dispõe de 63 leitos para internação no pronto-socorro, atende hoje cerca de 17 mil pacientes por mês e tem um orçamento de R$ 10 milhões ao ano.
O número de funcionários cai, com o PAS, de 2.400 para 1.800. Cerca de 1.000 servidores atuais do hospital aderiram ao plano.
"Há áreas hoje que têm funcionários em excesso e outras onde falta pessoal. O atendimento será garantido", afirma.

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