São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996
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Assistência judiciária; Foto dos mortos; Cetesb; Falta de isenção; Atenção de fachada

Assistência judiciária
"Gostaria de ver publicado, na coluna 'Painel do Leitor', o presente esclarecimento com relação à notícia publicada na coluna 'Painel' deste jornal, Folha, de 18 de junho, intitulada 'Justiça gratuita'.
O convênio havido entre a Ordem dos Advogados do Brasil e a Procuradoria Geral do Estado, a quem compete, por força de lei e da Constituição Estadual, a prestação de assistência judiciária, foi rompido, unilateralmente, pela Ordem dos Advogados do Brasil, secção de São Paulo, e não por corte de verba.
O serviço, não obstante a ruptura da avença, continuou a ser prestado, independentemente da intermediação do referido órgão de classe, pela Procuradoria de Assistência Judiciária, o que ocorre desde 1947, e por advogados que se credenciaram diretamente junto à Procuradoria Geral do Estado, para prestação de assistência judiciária às pessoas carentes de recursos, o que ocorria, desde 1985, por via do extinto convênio.
Assim, não houve solução de continuidade no atendimento às pessoas beneficiárias do serviço, cujo número supera, em muito, as 26 mil mencionadas na nota referida.
Certo de que a presente explicação vem ao encontro do interesse deste prestigiado jornal, na medida em que esclarece a opinião pública sobre a matéria, coloco-me à disposição para futuras e maiores informações."
Marcio Sotelo Felippe, procurador-geral do Estado (São Paulo, SP)

Foto dos mortos
"No que pego a Folha na manhã de 27/6 vejo na primeira página a foto do casal PC Farias e Suzana, numa posição digna do velho e talentoso 'Notícias Populares'.
Protesto contra essa foto. Não foi esse o jornal que eu assinei!"
Humberto Mendes (São Paulo, SP)
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"Como leitor e assinante, venho registrar o meu protesto pela publicação na primeira página de 27/6 da fotografia que envolveu a morte de PC Farias e sua namorada.
A Folha se esqueceu do respeito aos mortos. Trata-se de uma atitude lamentável deste jornal, que ficou diminuído no meu conceito."
Carlos Prestes Miramontes (São Paulo, SP)
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"O que diz o 'Novo Manual da Redação' da Folha sobre a foto de Paulo César Farias e sua namorada na capa da edição de 27/6?
Os editores não têm confundido a Folha com o 'Notícias Populares'? Eu não assino o 'Notícias Populares', assino a Folha. Por favor, respeitem os mortos e os leitores, senhores!"
Luiz Puntel (Ribeirão Preto, SP)

Cetesb
"No dia 11/6 o plantão da Cetesb foi acionado pelo jornalista Fábio Zanini a propósito das reclamações de alguns moradores de dois bairros de Ribeirão Pires, os quais estariam sentindo ardência nos olhos, além de um forte odor, sintomas esses causados, presumivelmente, por uma névoa.
O jornalista foi atendido pela funcionária de plantão, da assessoria de imprensa da Cetesb, jornalista Cristina Couto, que lhe deu as respostas cabíveis, entre elas a de que não tinha condições de adiantar nada sobre as possíveis causas.
Para nosso espanto, porém, a reportagem publicada no dia 12/6 não continha nenhuma informação prestada pela jornalista Cristina Couto.
As informações contidas na reportagem, ao contrário do que consta, são de inteira responsabilidade do sr. Fábio Zanini. Cabe-nos aduzir ser um absurdo a informação segundo a qual haveria o 'risco de a nuvem se expandir por causa da ação do vento'.
No mais, a Cetesb jamais pediria à população para 'sair de suas casas'. Isso não é da competência da Cetesb e sim do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do município."
Getúlio Alencar, gerente do grupo de imprensa da Cetesb -Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Fábio Zanini - A declaração de que a Cetesb pediu à população para sair de casa foi dada pela funcionária da companhia. Segundo ela, a orientação aos moradores estava sendo dada pelo Corpo de Bombeiros, mas sob supervisão constante da Cetesb.

Nota da Redação - Leia seção Erramos abaixo.

Falta de isenção
"A reportagem 'Fiesp recebe Erundina...' (19/6) mais parece uma coluna de 'Opinião' que uma reportagem. Logo na primeira linha, o repórter Carlos Eduardo Alves escreve que Luiza 'recitou (...) o discurso cordato que está adotando...'.
Todo o texto denuncia a falta de isenção do repórter que, deixando de lado o que a candidata foi falar ou fazer na Fiesp, prefere dedicar a maior parte do espaço à preferência dos empresários por José Serra.
Ao interpretar a preferência da Fiesp, a reportagem da Folha mais uma vez tucaniza-se. Tomara que a linha do jornal não venha a repetir o entediante fernandohenriquismo."
Romildo Sant'Anna (São José do Rio Preto, SP)

Atenção de fachada
"As falhas nos livros comprados pelo MEC para o ensino público mostram a atenção de fachada que o governo tem tido para com a educação.
Com que autoridade o MEC decide ficar com esse material? Quem vai pagar por ele, o próprio ministro? E por que as editoras saem impunes?"
Silvia de Souza (Goiânia, GO)

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