São Paulo, sábado, 29 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Exames revelam embriaguez do casal

DA AGÊNCIA FOLHA E DA REPORTAGEM LOCAL

Resultado parcial dos exames realizados em amostras de sangue e urina do empresário Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino, revela que o casal estava embriagado quando morreu, mas não consumiu drogas.
O exame está sendo realizado no IML (Instituto Médico Legal) Nina Rodrigues, em Salvador (BA).
A Agência Folha apurou que o empresário Paulo César Farias tinha pelo menos 1,90 de álcool grama por litro de sangue. Sua namorada estava com 0,99 grama por litro de sangue. O corpo humano tem cerca de seis litros de sangue.
O Conselho Nacional de Trânsito diz que a partir de 0,80 grama é considerado estado de embriaguez. O Instituto Nina Rodrigues trabalha com um índice ainda menor, a partir de 0,5 grama.
Três copos de cerveja ou um de uísque são suficientes para atingir 0,8 grama por litro de sangue.
PC e a namorada não consumiram cocaína ou maconha antes de serem mortos. Os exames descartaram também a possibilidade de os dois terem consumido LSD ou heroína. O diretor-adjunto do DPT, César Reis Filho, disse que os exames somente deverão ser concluídos na próxima semana.
Um computador com capacidade para armazenar 1.500 tipos de tóxicos está auxiliando os peritos nos exames.
A médica legista Maria Tereza Pacheco, diretora do Instituto de Criminalística de Salvador, disse ontem que a polícia de Alagoas precipitou-se ao anunciar conclusões sobre a morte de Suzana Marcolino e PC Farias baseadas apenas na autópsia.
Hora
O legista Gerson Odilon afirmou ontem que PC e Suzana foram assassinados entre 7h e 9h da manhã de domingo. O legista diz que chegou a esta conclusão devido à rigidez dos corpos, por suas temperaturas e pelo acúmulo de sangue na parte baixa dos corpos.
Mesmo revólver
O delegado que preside o inquérito, Cícero Torres, afirmou que os laudos de balística feitos na arma do crime em Salvador confirmaram que os dois tiros que os mataram saíram do mesmo revólver.
"O laudo do Instituto de Criminalística da Bahia confirmou o laudo feito aqui. Os dois confirmam que o revólver 38 comprado por Suzana deu os dois disparos."
O telefone celular número 971-1071, de Barra de Santo Antônio, que Suzana teria usado para falar com seu dentista em São Paulo, continua desaparecido, segundo a família dela.

Texto Anterior: Conheça o depoimento
Próximo Texto: Perito da Unicamp vai refazer exames
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.