São Paulo, sábado, 29 de junho de 1996
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BNDES empresta R$ 400 mi para a Cesp

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá liberar, em cerca de um mês, um empréstimo de R$ 400 milhões para a Cesp (Companhia Energética de São Paulo).
A informação foi fornecida ontem pelo vice-presidente e diretor de privatização do BNDES, José Pio Borges.
O empréstimo será uma antecipação de recursos por conta da futura privatização da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), empresa controlada pela Cesp.
Segundo Borges, essa será apenas a primeira parcela do que o BNDES emprestará ao Estado de São Paulo como antecipação de recursos pelas privatizações do setor elétrico estadual.
Empréstimos
Até agora o BNDES já emprestou dinheiro, dentro desse programa de antecipações de receitas de privatização, para os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
O governo de Minas já desistiu de privatizar a Cemig, a empresa estadual de energia elétrica.
Na próxima segunda-feira o banco libera R$ 135 milhões para a Coelba, a empresa de eletricidade da Bahia, dentro do mesmo programa, elevando o total liberado para cerca de R$ 900 milhões. Os R$ 400 milhões da Cesp elevarão o número a R$ 1,3 bilhão.
Longo prazo
Pio Borges disse que o BNDES está preparando, por recomendação do CND (Conselho Nacional de Desestatização), uma linha de financiamento para investimentos em infra-estrutura com prazo para pagamento de até 15 anos. Atualmente, o prazo máximo dado pelo banco é de oito anos.
Os financiamentos seriam concedidos a empresas que comprem ou arrendem unidades industriais ou de serviços de infra-estrutura do governo, como usinas elétricas e portos, e queiram ampliar os investimentos no setor.
A justificativa para o aumento do prazo é que os projetos de infra-estrutura levam mais tempo para darem retorno (lucro) ao investidor.
O governo definiu o dia 20 de setembro como data para a privatização da malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal, a mais rentável de todas, responsável por 45% da receita da empresa.
Segundo Pio Borges, o governo vai exigir o pagamento à vista de 30% do valor apurado no leilão. O preço mínimo da malha Sudeste é de R$ 888,9 milhões.

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