São Paulo, domingo, 30 de junho de 1996
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'Síndrome do vestiário' motiva

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Alexandre H., 50, comerciante do interior paulista, tem dois filhos, está no segundo casamento, e diz que nunca teve problemas de ordem sexual. Ereto, seu pênis fica até acima da média brasileira, estimada em 14 cm.
Ainda assim, Alexandre conviveu por mais de 30 anos com o complexo do pênis pequeno, ou a "síndrome do vestiário".
O problema estava no tamanho do órgão em estado de repouso. Desde adolescente, quando tomava banho no vestiário do clube, notava que o dos outros era maior que o dele.
"Maldita mania de comparação", ele brinca hoje. "Eu comparava justamente com aquele que tinha o maior da turma e achava que o meu não era normal."
Alexandre diz que tem informação suficiente para saber que tudo era "questão de cabeça", mas decidiu pela cirurgia quando viu uma entrevista na TV, dois anos atrás. "Minha mulher achava uma bobagem, mas eu estava decidido. Afinal, é a ferramenta mais valiosa que a gente tem, e achei que valia a pena investir nela."
O médico, em São Paulo, sugeriu um engrossamento do pênis com a injeção de gordura retirada da parte interna da coxa. O pênis não aumentou de tamanho, mas ganhou volume, tanto ereto como em estado flácido.
Como parte da gordura é absorvida pelo próprio organismo, a cirurgia foi repetida quatro meses depois. "Valeu a pena", diz o comerciante.
Segundo especialistas, um pênis em repouso tem entre 7 cm e 8 cm, cerca da metade do tamanho quando ereto.
(AB)

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