São Paulo, domingo, 30 de junho de 1996
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Estatística tem um mercado promissor

LUCIANA BENATTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Estatística ainda é uma carreira pouco conhecida, mas tem um mercado de trabalho bastante promissor. A globalização da economia e a busca da qualidade total estão gerando uma necessidade crescente desses profissionais.
"Para melhorar a eficiência, são necessários métodos estatísticos. Todas as áreas que empregam estatística terão necessidade de profissionais competentes."
A afirmação é de Júlio da Motta Singer, 45, diretor do Centro de Estatística Aplicada do Departamento de Estatística da USP (Universidade de São Paulo).
"Não vejo como melhorar um produto sem informações precisas e reais", confirma Denise Maria Martins, 31, estatística que trabalha como consultora autônoma.
"A profissão é pouco conhecida, e o mercado aproveita mal os profissionais", diz Nuno Duarte da Costa Bittencourt, 42, diretor de planejamento e coordenação do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"Ainda há muito amadorismo na área de análise das informações estatísticas", afirma.
Marcus Emmanuel Soares de Araújo, 26, estatístico que tem um escritório especializado em pesquisas eleitorais, afirma que outros profissionais acabam desempenhando a função do estatístico.
"Como a procura por estatísticos é grande e a oferta é pequena, economistas, matemáticos, sociólogos, administradores e profissionais de marketing ocupam as vagas deixadas por eles."
Para Alexandre José Santos Carneiro, 39, presidente do Conselho Regional de Estatística, a teoria da decisão (cálculo do risco da tomada de determinada decisão) está em alta nas empresas.
Questões como a viabilidade da colocação de um determinado produto no mercado, previsões de custo e de duração da demanda podem ser respondidas com o auxílio desses profissionais.
"A partir do momento que se utilizam técnicas estatísticas, melhoram os resultados obtidos."
José Matias de Lima, 41, coordenador do curso de graduação da Ence (Escola Nacional de Ciências Estatísticas), também confirma que o mercado está receptivo.
"Não temos alunos desempregados por muito tempo."

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