São Paulo, domingo, 30 de junho de 1996 |
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Brasileiros saltam 'de olho' em Atlanta
EDGARD ALVES
Três saltadores -Douglas de Souza, 23, Nelson Carlos Ferreira Júnior, 23, e Márcio Rogério da Cruz, 22- devem ratificar hoje a conquista de suas vagas na delegação brasileira que vai a Atlanta. Eles participam do Troféu Brasil em Manaus, competição que define a equipe nacional. "Temos muitas chances de chegar à final em Atlanta. E na final, tudo pode acontecer, porque a distância é uma prova de explosão", afirmou Pedro Henrique de Toledo, 56, o Pedrão, ex-técnico de João do Pulo. Douglas, Nelson e Márcio já alcançaram, nos últimos 12 meses, o índice olímpico, que é uma marca igual ou superior a oito metros. A vaga na equipe, no entanto, só fica assegurada de vez caso não sejam ultrapassados na prova de hoje, hipótese remota. Mesmo que isso ocorra, os adversários teriam que obter o índice olímpico. O astro norte-americano Carl Lewis, um dos mais destacados saltadores de distância da história do atletismo, afirmou recentemente que todo atleta que salta oito metros tem chance de sucesso na Olimpíada. Os saltos já deram sete medalhas olímpicas ao Brasil -seis no triplo e uma na altura. No salto triplo, o Brasil ganhou duas medalhas de ouro (1952 e 56) com Adhemar Ferreira da Silva; uma de prata (1968) e uma de bronze (1972), com Nelson Prudêncio; e duas de bronze (1976 e 1980) com João Carlos de Oliveira. No salto em altura, José Telles da Conceição ficou com o bronze em Helsinque (1952). "Minha marca oficial é 8,32 m. Venho saltando bem e estou otimista", disse o paranaense Nelson (1,88 m de altura e 85 kg). Ele ganhou uma prova com um salto de 8,41 m, em maio. Mas a marca não foi homologada como recorde porque o vento a favor no momento do salto estava acima de dois metros por segundo. O recordista brasileiro e sul-americano é o paulistano Douglas (1,92 m de altura e 93 kg), com a marca de 8,40 m. Texto Anterior: Onde os brasileiros competirão Próximo Texto: Cruz quer vaga nos 800 m Índice |
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