São Paulo, domingo, 30 de junho de 1996
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Santana passa a ser vendido com opção a gás

LUCIANO SOMENZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Volkswagen coloca no mercado, nesta semana, o Santana e sua versão perua, a Quantum, com motores de 1.800 centímetros cúbicos alimentados por gás natural -ou gás veicular metano (GVM).
O modelo equipado com o kit deverá custar de 20% a 30% a mais do que o modelo convencional.
O Santana 1.8 a álcool, de quatro portas, básico, tem preço sugerido de R$ 19,2 mil.
O kit de conversão produzido pela Silex Convergás, que poderá equipar o modelo desde a linha de montagem, permite que o motor funcione tanto com gás como com outro combustível tradicional (álcool ou gasolina).
O gás natural é menos poluente do que a gasolina porque sua queima dentro do motor é mais completa. O preço do gás também é mais barato em relação ao álcool (70%) e à gasolina (56%).
Além do Santana, a VW deverá oferecer kits de conversão para Gol e Kombi. A General Motors também tem kits para modelos Kadett, Omega e Ipanema, vendidos desde o ano passado.
O interesse pelas montadoras nesse tipo de veículo é resultado do decreto assinado em janeiro pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, permitindo o uso de gás natural para todos os automóveis de passeio.
Avaliação
A Folha avaliou o Santana CLi 1.8 com motor a gás no autódromo de Interlagos, em São Paulo.
As diferenças são praticamente imperceptíveis quando comparado a um carro a gasolina.
O maior inconveniente, porém, é o espaço do porta-malas -mais da metade tomado pelo tanque que acondiciona o gás.
Veículos movidos à gás costumam ter pouca força com o motor em regime de baixa rotação -as retomadas de velocidades se tornam mais lentas.
Especialistas consultados pela Folha dizem que a vantagem do carro a gás só é válida para quem costuma rodar mais de 200 quilômetros por dia -caso de motoristas de táxi, por exemplo.

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