São Paulo, segunda-feira, 1 de julho de 1996
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Cannes elogia Olivetto no caso de 'filmes fantasmas'

NELSON DE SÁ
ENVIADO ESPECIAL A CANNES

O presidente do júri do festival de publicidade de Cannes, o publicitário alemão Michael Conrad, avaliou a atuação do publicitário brasileiro Washington Olivetto contra os comerciais "fantasmas" como de "grande ajuda".
Os "fantasmas" são comerciais criados unicamente para concorrer em festivais, com baixa ou nenhuma veiculação comercial, em televisão ou cinema.
Olivetto recusou-se a inscrever filmes produzidos pela agência W/Brasil este ano e questionou o procedimento publicamente -e por carta aos jurados.
O fraco desempenho brasileiro no festival, com dois leões, foi creditado ao estigma de país produtor de "fantasmas".
Michael Conrad, que é o diretor mundial de criação da agência Leo Burnett Worldwide, sediada em Chicago (EUA), disse que levou o aviso de Olivetto "muito, muito seriamente" e que "algumas pessoas saíram da competição".
Ele se refere a três comerciais brasileiros retirados do festival pelas agências, antes de começar a avaliação. Um quarto enviou a tempo um certificado de exibição e permaneceu no evento.
A polêmica ganhou tal proporção em Cannes que motivou propostas para combater o procedimento no festival. Uma, do jurado espanhol Joaquín Lorente, foi a criação de categorias exclusivas para os "fantasmas".
Leões
O 43º Festival de Publicidade de Cannes, cujos prêmios foram entregues sábado à noite, manteve a regra do domínio das agências norte-americanas e britânicas.

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