São Paulo, segunda-feira, 1 de julho de 1996 |
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Âncora cambial custa mais que previsto
GUSTAVO PATÚ
No entanto, seu preço -retração da economia e déficit público- acabou maior que o esperado pela equipe do Real. Quando foi lançado o programa de estabilização, o cenário imaginado e transmitido aos eleitores de Fernando Henrique Cardoso era de crescimento acelerado e controle das contas públicas. Esperava-se que a âncora cambial prejudicasse as exportações e estimulasse importações. Essa perda de dólares, porém, seria compensada por investimentos estrangeiros na produção. Hoje, é exatamente esse cenário que o governo quer recriar para o segundo semestre e para os próximos dois anos. As expectativas, no entanto, quanto ao controle do déficit público são menores. Volta a ganhar força na equipe econômica o diretor de assuntos internacionais do BC (Banco Central), Gustavo Franco, o maior defensor da âncora cambial. No BC, foram feitas projeções que apostam ser possível crescer a taxas de 5% ao ano, mantendo -e até aprofundando- a desvalorização do dólar sem gerar uma crise de escassez de divisas. A âncora cambial foi posta em cheque em 95, depois da crise do México. O BC elevou os juros, o que multiplicou a dívida pública e os índices de inadimplência. Texto Anterior: Folha amplia serviços de informação Próximo Texto: Governo inicia ano 3 do Real com déficit Índice |
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