São Paulo, terça-feira, 2 de julho de 1996
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Santos já compra os remédios

DA REPORTAGEM LOCAL

O Estado de São Paulo, onde estão 60% dos doentes de Aids, ainda não tomou nenhuma iniciativa para a compra dos novos antivirais. A previsão de gastos para os doentes paulistas, só com esses remédios, deve chegar a R$ 70,3 milhões, de um total de R$ 117,2 milhões no país todo.
Se São Paulo entrar com os 30%, como pretende o Ministério da Saúde, terá de gastar cerca de R$ 21 milhões por ano. Segundo Arthur Kalichman, do Centro de Referência e Treinamento em Aids, São Paulo gastou no ano passado cerca de R$ 5,5 milhões com medicamentos contra Aids.
"Ainda estamos aguardando uma definição do ministério", disse Kalichman.
Segundo médicos do CRT-Aids, a Secretaria de Estado da Saúde ainda aguarda uma posição do governador quando a esses gastos.
Essas cidades, além de contarem com orçamentos importantes, são também as que possuem um grande número de doentes.
Até agora, em todo o país, só a Prefeitura de Santos tomou iniciativa, sem aguardar definição do ministério. Os doentes cadastrados na cidade já estão recebendo um inibidor de protease.
Santos tem, em proporção à população, o maior número de pacientes de Aids do Estado.

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